João Pedro: dizer que Dilma favoreceu fundo americano é inconcebível
O senador João Pedro (PT-AM) defendeu, nesta segunda-feira (9), a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, da acusação de ter facilitado a aquisição da Varig pela Gol - Linhas Aéreas Inteligentes, conforme denunciou à imprensa, semana passada, a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu. Para o senador, Dilma agiu como "ministra de governo" ao acompanhar a negociação, pois o "povo na rua estava chorando com a crise da Varig e o Brasil vivia uma comoção, pois, além da crise aérea, haviam ocorrido os acidentes que comoveram o Brasil"
- Dizer que a ministra Dilma foi favorecer um fundo americano ou interesses menores, isso é inconcebível. A ministra tem conduta, postura, inclusive com a oposição - argumentou.
O parlamentar iniciou seu discurso após o senador Papaléo Paes (PSDB-AP) negar a realização de um jantar entre lideranças do seu partido - os senadores Arthur Virgílio (AM), Tasso Jereissati (CE) e Sérgio Guerra (PE) - e a ex-diretora da Anac, conforme foi noticiado pela imprensa no último fim de semana. Denise Abreu prestará esclarecimentos sobre a denúncia, nesta quarta-feira (11), à Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI).
- Esse debate precisa ser esclarecedor. Eu, que participei da CPI do Apagão, lembro como a senhora Denise era tratada como quadrilheira, membro de quadrilha, em 2007 - mencionou João Pedro.
Em aparte, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) criticou a partidarização da Anac pelo governo e o PT, por "desacreditar o relatório" produzido pela CPI do Apagão e não apurar os fatos.
- A quadrilheira convivia era com o Palácio, era de confiança da Casa Civil - afirmou Heráclito.
09/06/2008
Agência Senado
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