Assédio sexual é "fato inconcebível", afirma Serys
A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) classificou como -um fato inconcebível- a prática de assédio sexual atribuída pela imprensa ao ministro Paulo Geraldo Medina, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), contra Glória Maria Pádua Ribeiro Portella, filha do também ministro Antônio de Pádua Ribeiro, conforme denúncia publicada nesta sexta-feira (15) pelo jornal O Globo .
Serys também se mostrou estarrecida com outra informação publicada na imprensa, segundo a qual vereadores da cidade paulista de Porto Ferreira estariam sendo acusados de participar de orgias sexuais com adolescentes com idades que variam de 11 a 16 anos em idade, em chácaras na região de Mogi-Guaçu. As festas sexuais, informou a senadora, estariam ocorrendo há pelo menos dois anos, sempre às segundas-feiras, antes das sessões da Câmara de Vereadores.
Diante da gravidade dos fatos é necessário, conforme pregou a senadora, que o Legislativo e a sociedade como um todo apóiem cada vez mais a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a exploração sexual infantil e de adolescentes em todo o país, em andamento no Congresso Nacional.
Serys informou que a CPI já identificou 241 rotas da exploração sexual. Mas estranhou que até agora os membros do colegiado não tenham chegado a nenhum dos principais nomes que podem estar por trás da rede dos exploradores.
- Será que essa dificuldade é em virtude de os criminosos estarem acobertados por agentes públicos ? - indagou a senadora, ao observar que a exploração está enraizada no país por meio do turismo sexual, da exploração comercial em prostíbulos, de ofertas sexuais nas estradas e da exploração de meninos e meninas de rua.
15/08/2003
Agência Senado
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