JOÃO ROCHA COMENTA AVANÇOS NA ÁREA DA EDUCAÇÃO



Os avanços na área educacional obtidos no primeiro mandato do governo Fernando Henrique Cardoso foram analisados pelo senador João Rocha (PFL-TO), que destacou a importância da educação profissional, ou ensino técnico, como instrumento de superação do atraso no processo educacional em comparação com outros países. "Ao longo de décadas, por conta de uma mentalidade bacharelesca, primária e retrógrada, própria de países de terceiro mundo, esse tipo de educação nunca recebeu a atenção merecida e necessária", afirmou.Segundo ele, existe uma grande escassez de estabelecimentos de ensino técnico e, por isso, milhares de jovens, embora não vocacionados para isso, são levados a fazer um curso universitário. "Assim, a cada ano, milhares se bacharelam apenas para se verem inseridos em um mercado de trabalho saturado, que não tem condições de absorvê-los na área cursada", analisou o senador. Para ele, a mentalidade que valoriza de modo exacerbado o curso superior, em detrimento da formação técnica, corresponde a um atraso estrutural que formou um contingente de profissionais de nível superior mediocrizados por falta de vocação e deixou uma grande carência de técnicos em quase todas as áreas profissionais.- Felizmente, as mudanças já começaram a surgir. Fortes evidências estão vindo à tona no sentido de que os setores envolvidos com os rumos da educação no país passam a reconhecer o papel e a importância da educação profissional.A primeira e mais forte dessas evidências, segundo o senador, é a inserção, na nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de um capítulo próprio relativo à educação profissional.João Rocha também destacou a forma moderna e ampla com que a educação profissional se integra e se articula com as diferentes formas de educação, com o trabalho, com a ciência e com a tecnologia. O senador lembrou que a nova realidade da economia e do trabalho em nível mundial exige cada vez mais, do cidadão que pretende disputar um posto de trabalho, uma sólida qualificação profissional e um esforço permanente de atualização, por meio de programas de qualificação e de educação continuada.O senador defendeu a priorização da educação básica e disse que o governo Fernando Henrique não tem medido esforços para a universalização e a melhoria da qualidade nesses níveis de ensino. "A valorização da educação básica, no entanto, não significa redução da importância da educação profissional. Ao contrário, uma educação profissional de qualidade, respaldada em educação básica de qualidade, constitui a chave do êxito de sociedades desenvolvidas. Nesse sentido, a reforma da educação profissional promovida após a edição da nova LDB deu um notável passo à frente, ao separar a formação profissional e o ensino acadêmico em nível médio, fazendo com que o ensino técnico complemente o ensino médio, ao invés de substituí-lo", afirmou. Para o senador, essa medida é uma das mais felizes, acertadas e oportunas da reforma da educação profissional, porque flexibilizou e democratizou o seu acesso, além de corrigir uma grave distorção. "Hoje, metade dos alunos de escolas técnicas federais - geralmente os de maior poder aquisitivo - aproveitam o bom nível dos cursos para prestar vestibular, quando o objetivo do ensino técnico é tornar a pessoa capaz de ingressar no mercado de trabalho. Agora, quem estiver interessado em curso superior não precisará seguir a parte técnica do curso", explicou.

04/12/1998

Agência Senado


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