Jobim: governo quer adquirir tecnologia e capacitação, e não armas



O ministro da Defesa, Nelson Jobim, fez questão de enfatizar que os acordos firmados com os franceses visam não a compra de armamentos, mas de tecnologia e capacitação na área de defesa. Para ele, é essencial reunir as condições para a proteção do país, um dos maiores produtores de alimentos do mundo e que, juntamente com outros países da América do Sul, abriga a Amazônia e a maior reserva de água doce do planeta.

- Vocês sabem o que isso vai significar daqui a 50 anos? - questionou Jobim.

De acordo com o ministro, o Brasil não tem intenção de atacar outros países, quando se equipa e constrói submarinos. O que está sendo feito, acrescentou, é uma preparação estratégica para o enfrentamento de qualquer tipo de tentativa de invasão do país.

- Ou o Brasil se capacita ou será um país absolutamente dependente. Precisamos municiar o país de capacidade de defesa, para não dependermos de nenhuma nação para essa tarefa- declarou o ministro.

Ele voltou a anunciar, a exemplo do que fez há dez dias no Senado, que o governo irá encaminhar um projeto de reestruturação completa do Ministério da Defesa. A maior dificuldade, apontada por Jobim, está no fato de o Brasil não dispor de civis que possam tratar, com a devida propriedade, de temas de defesa nacional.



16/09/2009

Agência Senado


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