Jonas alerta para lições da crise com Canadá
A segunda lição, no seu entender, é que o Brasil não pode ceder a pressões de outros países que não adotem posturas transparentes e compatíveis com a política de livre mercado. A terceira, finalizou Jonas, é a necessidade de aprender que, mesmo que não tenha o risco da "vaca louca", o rebanho brasileiro ainda está sujeito a outras doenças, apesar de não serem tão graves.
Para o senador, é preciso que o governo federal dê prioridade à estruturação e ao fortalecimento do Serviço de Apoio à Produção e Sanidade do Ministério da Agricultura. Segundo ele, as ocorrências de tuberculose, raiva, cisticercose e febre aftosa só acontecem por causa do desleixo de alguns pecuaristas ou pela falta de estrutura dos órgãos públicos.
Em relação ao embargo imposto pelo Canadá, Jonas Pinheiro alinhou-se aos que vêem na medida uma retaliação ligada a interesses da fabricante canadense de aviões, Bombardier. O senador disse que nenhuma entidade séria e isenta tomaria tal decisão sem as evidências que comprovassem os riscos, baseadas em documentos e investigações.
- Tudo nos leva a crer que foi uma decisão inopinada e até irresponsável, muito própria desses países que se dizem parceiros comerciais, defendem a globalização e os mercados comuns mas, na luta para ampliar suas vendas, impedem que os produtos de outros países, também competitivos, coloquem em risco a economia deles - afirmou o senador.
21/02/2001
Agência Senado
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