JOSÉ IGNÁCIO DEFENDE A REATIVAÇÃO DO PROÁLCOOL



A reativação do Programa Nacional do Álcool (Proálcool) foi defendida pelo senador José Ignácio Ferreira (PSDB-ES), com o argumento de que "o real pago pela gasolina importada é gasto para dar emprego e gerar riqueza lá fora ao contrário do álcool, cujos benefícios permanecem no país".

- Tal como concebido em 1975, para enfrentar o choque do petróleo, o programa esgotou-se. O próprio governo tem anunciado que a nova versão do Proálcool seria uma espécie de programa com o objetivo da realização do setor sucro-alcooleiro para gerar novos empregos, a exemplo de outros incentivos como o café, a borracha e o algodão - afirmou.

Na avaliação de José Ignácio, os constantes blecautes em São Paulo, no Rio de Janeiro e em outros estados exibe a fragilidade do sistema energético brasileiro. A seu ver, essa situação poderia ser amenizada se as usinas de álcool fornecessem energia elétrica para a população, (especialmente do Sul e Sudeste), gerada pela queima do bagaço da cana.

- Não podemos abandonar um programa que movimenta ao redor de R$ 9 bilhões por ano, emprega cerca de um milhão de pessoas no campo, gera energia automotiva e elétrica e, ainda, produz alimentos - disse. Ele lembrou queo presidente Fernando Henrique Cardoso, "ciente da importância da matéria", anunciou no ano passado, em Nova Iorque, na reunião da ONU, a reativação do Proálcool.

Segundo José Ignácio Ferreira, esse anúncio desencadeou, desde então, reações veementes dos opositores do programa, alguns "encastelados" no próprio governo, que apontaram a inviabilidade econômica como fator decisivo para sua definitiva desativação.

- O Proálcool é e tem tudo para continuar a ser uma alternativa concreta de desenvolvimento sustentado para o Brasil, por meio do uso de abundante matéria-prima - avelha cana-de-açúcar -espalhada pelo país, trazendo inequívocos benefícios econômicos e sociais para os brasileiros, além da extraordinária vantagem ecológica para o planeta, numa escolha já assumida por boa parte dos países desenvolvidos - concluiu.



23/03/1998

Agência Senado


Artigos Relacionados


JOSÉ IGNÁCIO DEFENDE REEDIÇÃO DO PROÁLCOOL

Tuma defende reativação do Proálcool

SUASSUNA DEFENDE A REATIVAÇÃO DO PROÁLCOOL

CARLOS BEZERRA DEFENDE REATIVAÇÃO DO PROALCOOL

CARLOS PATROCÍNIO DEFENDE REATIVAÇÃO DO PROÁLCOOL

CALHEIROS COBRA DO GOVERNO REATIVAÇÃO DO PROÁLCOOL