José Nery diz que documentos de defesa de Roriz "são frágeis"



O senador José Nery (PA), representante do PSOL, partido que protocolou representação no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado contra o senador Joaquim Roriz (PMDB-DF), disse ter considerado "frágeis" os documentos apresentados pelo ex-governador do Distrito Federal em sua defesa, em discurso feito pouco antes. Nery disse que o contrato mútuo de empréstimo entre Roriz e o empresário Nenê Constantino "não tem sequer reconhecimento em cartório de nenhuma das assinaturas".

Roriz é suspeito de lavagem de dinheiro em investigação feita pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Distrito Federal.

José Nery disse ter visto ainda problemas na nota de compra, por Joaquim Roriz, de bezerra da Associação de Ensino de Marília, de São Paulo. Observou que o registro de transferência do animal é de 30 de maio de 2005, mas o preenchimento da nota fiscal é de 1º de março de 2007.

- Portanto, uma operação bem anterior, de 2005, em relação a esta nota em específico, e não de 2007 - acrescentou.

José Nery pediu à mesa do Senado que aceite a representação do PSOL contra o senador Joaquim Roriz e ponderou que a decisão do seu partido "não está marcada por nenhum tipo de revanchismo, de ódio, de mesquinharia, mas é feita no cumprimento do dever com a fiscalização daquilo que diz respeito aos que exercem função pública".

O senador do PSOL sustentou que a representação não representa qualquer prejulgamento ou condenação do senador Roriz, mas tem o objetivo de levar o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar a investigar as denúncias da imprensa.



28/06/2007

Agência Senado


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