Jucá: dados de segurança do Planalto foram guardados pelo prazo correto



O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), deverá falar em Plenário, na tarde desta quinta-feira (27), sobre o sistema de segurança do Palácio do Planalto. O senador conversou por telefone nesta manhã com o ministro-chefe da Segurança Institucional, general Jorge Armando Félix, e reuniu-se em seu gabinete com a equipe técnica responsável pela área - o assessor-chefe de Segurança do presidente da República, general Gonçalves Dias, e o chefe do Departamento de Segurança, coronel Carlos Roberto Sucha.

Jucá disse ter pedido uma cópia do contrato de prestação de serviços de segurança. Informou ainda que ficou esclarecida a questão dos prazos, que seriam de 30 dias para guarda de imagens e de seis meses para guarda de informações (anotações, movimentação de crachás e dados em geral).

- As informações preenchem a curiosidade e esclarecem os pontos que ainda estão nebulosos sobre essa questão. Vou levar as exigências contratuais para mostrar que não há discrepância entre o que se está fazendo e o tipo de posição que o governo está tomando - afirmou Jucá.

O líder disse ter conversado com a equipe que foi hoje a seu gabinete sobre a sistemática de segurança dos palácios do Planalto, da Alvorada, do Jaburu e da Granja do Torto. Também foi discutido o contrato de prestação de serviço sob o ponto de vista de registro e monitoramento de imagens. O senador disse ter solicitado ainda uma série de informações que deverá levar para o Plenário.

O líder reiterou que o Gabinete de Segurança Institucional está à disposição dos senadores para prestar quaisquer informações. Jucá reafirmou o que já havia dito ontem na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) - que está sendo sugerida aos senadores uma visita in loco à central de monitoramento de informações e aos próprios pontos de segurança, para que possam verificar de que forma é feito o trabalho de proteção e segurança dos espaços do presidente da República e dos integrantes do governo.

A polêmica sobre o sistema de segurança do Palácio do Planalto surgiu depois que a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira disse ter participado de encontro com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, no fim do ano passado, no qual a ministra teria pedido a Lina para agilizar investigações fiscais sobre um filho do presidente do Senado, José Sarney. Dilma nega o encontro. Buscando confirmar a presença de Lina Vieira no Palácio do Planalto na ocasião, a oposição solicitou as imagens registradas pelo sistema de segurança do Palácio do Planalto entre novembro e dezembro de 2008, tendo sido informada de que registros desse período já teriam sido apagados.

Mais informações a seguir



27/08/2009

Agência Senado


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