Jucá defende volta do Proálcool



Ao elogiar o seminário "Os desafios do Álcool Combustível", promovido pelo jornal Valor Econômico, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) afirmou que "mais uma vez se abre para o Brasil uma enorme oportunidade para se firmar como país dominante e referência mundial na produção e controle dos chamados combustíveis renováveis, notadamente o álcool derivado da cana-de-açúcar". O parlamentar lembrou a criação, em 1973, do Proálcool, que, segundo ele, foi o mais notável programa de substituição do combustível fóssil por uma fonte alternativa de energia.

O representante de Roraima disse que o Proálcool proporcionou ao Brasil um grande salto tecnológico, com a produção em série dos motores automotivos movidos a álcool combustível. No entanto, com a falta de abastecimento nas bombas, em 1989, o programa enfrentou sua primeira crise, perdendo credibilidade, ressaltou. Para Jucá, os dois responsáveis foram: o governo, "que não demonstrou grande interesse em manter a viabilidade da iniciativa", e os empresários, "que não estavam devidamente preparados para lidar com as constantes turbulências que acontecem inesperadamente no mercado internacional".

O parlamentar defendeu ainda que, apesar dos altos e baixos desses 30 anos de Proálcool, o Brasil domina completamente a tecnologia e é o país mais avançado do mundo no tocante à utilização do álcool como combustível alternativo, limpo e de boa qualidade. Ele destacou que as atuais autoridades governamentais ligadas ao setor energético estão procurando estabelecer uma base de apoio e de incentivo à retomada do Proálcool e lembrou ainda que, no dia 29 de abril, em uma reunião no Ministério da Fazenda, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou a liberação de R$ 500 milhões para a estocagem do álcool.

Romero Jucá também destacou o "excelente" desempenho do setor agropecuário, que já é responsável por mais de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Ele ressaltou ainda que os prognósticos para o setor de agronegócios continuam muito bons, apesar da imprevisibilidade do clima, que trouxe seca para o Sul e excesso de chuva para o Nordeste e o Centro-Oeste.

O parlamentar disse que mais uma vez o agronegócio vai aparecer como carro-chefe da economia nacional este ano. Entre esses indícios estão o vigor das exportações e o crescimento da produção. "Graças ao desempenho do agronegócio, poderemos, também, este ano, contar certamente que o sol encontrará alguma fresta por entre as nuvens carregadas da crise, trazendo alguma luz para nossa economia", disse.



21/05/2004

Agência Senado


Artigos Relacionados


Nabor Júnior defende volta do Proálcool

LUZIA TOLEDO DEFENDE A VOLTA DO PROÁLCOOL

ZANETE QUER A VOLTA DO PROÁLCOOL

Tuma defende reativação do Proálcool

SUASSUNA DEFENDE A REATIVAÇÃO DO PROÁLCOOL

Teotonio Vilela defende retomada do Proálcool