Jucá destaca indicação de Pastoral ao Nobel



O senador Romero Jucá (PSDB-RR) apoiou a decisão do presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, de indicar, pela segunda vez consecutiva, a Pastoral da Criança, órgão de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), ao Prêmio Nobel da Paz. O parlamentar lembrou que, em 2001, a entidade desenvolveu 60 projetos alternativos de geração de renda e alfabetizou cerca de 27,5 mil jovens e adultos. De acordo com Jucá, o presidente teria ressaltado, ao indicar a Pastoral da Criança, o esforço de 155 mil agentes que prestam assistência a mais de um milhão de famílias.

Com atuação em todos os estados brasileiros, a Pastoral esteve presente, no ano passado, em 64% dos municípios, por meio de 5.317 paróquias. Ao todo, informou Jucá, foram cadastradas pela Pastoral 32.743 comunidades, nas quais a entidade acompanhou mensalmente, em média, mais de 1,1 milhão famílias, com 76 mil gestantes, 1,6 milhão de crianças com menos de seis anos, e, aproximadamente, 23 mil idosos.

O parlamentar lembrou que a entidade age exclusivamente em áreas pobres e miseráveis, nas quais moradores enfrentam dramas quase sempre decorrentes da desigualdade social, como o desemprego, a falta de moradia, o alcoolismo, a violência, a desagregação familiar, as drogas, o analfabetismo e a fome.

Jucá frisou que, entre as ações básicas da Pastoral, desenvolvidas nas áreas de saúde, nutrição, promoção da cidadania e educação, os resultados são altamente significativos. O combate à mortalidade e à desnutrição infantil, segundo o senador, registra índices -admiráveis-, com grande redução da mortalidade entre recém-nascidos. Hoje, o índice é de menos de 13 óbitos por mil bebês nascidos vivos, informou o senador.

O representante de Roraima observou ainda que, no ano passado, os recursos recebidos pela Pastoral, oriundos de verbas governamentais, iniciativas empresariais e doações, equivaleram a cerca de US$ 8,3 milhões. Caso não pudesse contar com os voluntários, segundo o senador, essa ação social não ficaria por menos de US$ 70 milhões.

- Espero, sinceramente, que os esforços dessa entidade sejam reconhecidos internacionalmente e que o Prêmio Nobel da Paz, se a ela for concedido, resulte em maior divulgação desse trabalho abnegado de promoção da cidadania e de construção de uma paz perene - concluiu.



07/11/2002

Agência Senado


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