JÚLIO CAMPOS QUER PROTEÇÃO PARA SETOR DE LATICÍNIOS
Uma política de estímulo à atividade agropecuária e, em especial, ao setor de laticínios foi defendida pelo senador Júlio Campos (PFL-MT), ao advertir sobre os prejuízos com que vem arcando o setor ante a falta de medidas que protejam as iniciativas nacionais no contexto da abertura comercial vigente no país.
Júlio Campos quer, em relação aos produtos lácteos, a redução do prazo de financiamento das importações, a criação de um preço de pauta de importação, a elevação da Tarifa Externa Comum (TEC) de 16% para 20% e a formação de um estoque regulador. Essas medidas, conforme esclareceu, foram sugeridas pela Comissão Nacional de Pecuária de Leite, da Confederação Nacional da Agricultura, e podem minimizar as dificuldades do setor.
- Diante da concorrência em condições desiguais, as indústrias de leite em pó instaladas no Brasil vêm paulatinamente diminuindo sua participação no mercado interno. A situação é ainda mais grave no caso dos fabricantes de queijo, como podemos constatar pelas 25 empresas brasileiras do ramo que fecharam nos últimos dois anos - disse
Júlio Campos entende que a globalização dos mercados deva ser buscada, mas considera inadmissível que se faça isso sem critérios, sem a avaliação contínua e responsável das conseqüências para os vários setores da economia nacional. "Os países do Primeiro Mundo, que propagam esse modelo, são os primeiros a tomar medidas protecionistas, sempre que lhes convém", lembrou.01/09/1997
Agência Senado
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