Jungmann é pré-candidato








Jungmann é pré-candidato
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Raul Jungmann (PMDB), anunciou ontem que irá disputar as prévias do PMDB à Presidência da República, em 17 de março. Ele descartou a possibilidade de desistir em nome do candidato governista à Presidência e rechaçou uma aproximação com o PFL.

Segundo o ministro, sua candidatura tem como objetivo principal preservar os ganhos que o País obteve com o atual governo e tentar barrar o avanço de forças conservadoras, representadas justamente pelo PFL. Para Jungmann, a hegemonia das forças de centro-esquerda no País está ameaçada pela possível candidatura da pefelista, Roseana Sarney, governadora do Maranhão.


Afastado o diretor do presídio de Dutra
Foi afastado do cargo o diretor do Centro de Detenção Provisória (CDP) do Belém, Osvaldo Martins Bueno, onde o seqüestrador Fernando Dutra Pinto estava preso, antes de morrer de forma suspeita, na quarta-feira passada. Dutra seqüestrou, no ano passado a filha do apresentador Silvio Santos, e manteve o empresário como refém.

A informação do afastamento do diretor foi divulgada em nota da Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo.

Na nota, o secretário da Pasta, Nagashi Furukawa, informa que determinou o afastamento do diretor "em razão das denúncias veiculadas nos meios de comunicação nos últimos dias".

Funcionários do presídio são acusados de espancar Dutra Pinto em dezembro. O caso não foi apurado pela direção do presídio. Há ainda suspeitas de negligência no tratamento de saúde do seqüestrador.

Os funcionários teriam ainda ameaçado de tortura e morte o irmão de Fernando, Esdra, que também estava detido no CDP. Ele foi transferido segunda-feira para o Centro de Observação Criminológica (COC).

O cargo de Bueno será ocupado, a partir de hoje, pela psicóloga Marisa da Costa Gadelha Rodrigues. Será a primeira vez que uma mulher assumirá a diretoria do CDP.
Um funcionário do Instituto Médico-Legal (IML) disse que teriam sido encontrados vestígios de maconha na urina do seqüestrador Fernando Dutra Pinto.

Os resultados dos exames de necropsia ainda não foram divulgados. Resultados preliminares feitos pelo IML no sangue e vísceras de Dutra Pinto não apontaram envenenamento como causa da morte.
A Comissão Teotônio Vilela vai acompanhar a investigação sobre a causa da morte do seqüestrador. A organização não-governamental indicou o professor de Patologia da Universidade de São Paulo (USP) Paulo Hilário do Nascimento Saldiva para realizar exames.


Juizado especial abre na segunda
Começam a funcionar a partir da próxima segunda-feira os Juizados Especiais Civis e Criminais o âmbito da Justiça Federal para processos envolvendo assuntos previdenciários no valor de até 60 salários mínimos (R$ 10.800) e para crimes cuja pena não exceda a dois anos de detenção.
As sentenças serão dadas em até seis meses e sem a emissão de precatórios – ordem de pagamento determinada pela Justiça que pode ser paga pelos governos em até dez anos – e não serão passíveis de recursos, o que diminui o volume de processos nos tribunais superiores.
Segundo informações da Advocacia-Geral da União (AGU), cerca de 80% de das causas do INSS têm valor inferior ao limite fixado. Tramitam atualmente 1,5 milhão de ações previdenciárias na Justiça Federal.

O presidente Fernando Henrique disse ontem, durante a solenidade de sanção da lei, que os juizados farão uma revolução na Justiça Federal, que ficará livre de milhares de processos. Eles serão implantados incialmente em São Paulo, Rio e em Porto Alegre e funcionarão nos mesmos moldes dos Juizados de Pequenas Causas.


Racionamento pode acabar em março
Estudos do governo apontam para o fim da economia de energia no Sudeste e no Centro-Oeste.

O presidente do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Mário Santos, admitiu ontem que o governo tem estudos que apontam o fim do racionamento nas regiões Sudeste e Centro-Oeste para o mês de março. Segundo Santos, a decisão depende da hidrologia. Se chover o suficiente para que os reservatórios destas regiões ultrapassem os 50% de suas capacidades em março, como é esperado, o racionamento será suspenso.

Os limites mínimos para as usinas serão aprovados na reunião de hoje da Câmara de Gestão da Crise de Energia, com uma previsão de chuvas bem mais pessimista do que as que já foram divulgadas pelos institutos especializados.

O ministro José Jorge (Minas e Energia) não confirmou as datas para o fim do racionamento, mas disse que o governo pode trabalhar com essa hipótese. "Estamos trabalhando com a melhor hipótese para o consumidor e para São Pedro."

Para encerrar o racionamento o governo precisa assinar os contratos com as usinas de energia emergencial, movidas à óleo, e com as termelétricas movidas à gás. Ao todo serão 4.065 MW, energia equivalente ao crescimento anual do consumo no Brasil. Essa energia extra servirá como um seguro para evitar o apagão e vai custar mais caro que a energia normal (R$ 288 contra R$ 90).

As duas usinas de energia emergencial que serão instaladas em São Paulo estarão localizadas nos municípios de Ribeirão Preto e Paraguaçu Paulista, e serão movidas à biomassa (bagaço de cana).

No Nordeste, onde a situação dos reservatórios é mais preocupante, o racionamento deve ser mantido pelo menos até abril.

Segundo dados do ONS, os reservatórios do Nordeste estão hoje com 20% de sua capacidade, metade do nível atingido no ano passado. Para que haja segurança, é preciso que este nível chegue a 48%. A previsão para o fim de janeiro é que os reservatórios já estejam com 34% da capacidade devido ao aumento das chuvas.

No Sudeste e no Centro-Oeste, o índice é de 35,96%.

A única região que já foi dispensada do racionamento foi o Norte. O principal reservatório da região, o do Sistema Tucuruí, ultrapassou os 50% de sua capacidade de armazenamento de água no fim do ano e já subiu para mais de 70%.

O fim do racionamento na região aconteceu no último dia 1º. A região Norte entrou no Plano de Racionamento em agosto, com o objetivo de garantir o repasse de energia para o Nordeste. As demais regiões estão no racionamento desde o dia 4 de junho de 2001.


Reajuste de remédios ainda não está definido
O consumidor ganhou um fôlego de, pelo menos, alguns dias na compra de remédios. A Câmara Setorial de Medicamentos não definiu, em reunião ontem pela manhã, o reajuste anual a ser aplicado este mês sobre todos os medicamentos.

Segundo informações da assessoria de imprensa do Ministério da Saúde, nova reunião será realizada até o final do mês para estabelecer o percentual de aumento.

O reajuste, determinado pela Medida Provisória 10.213, será definido tecnicamente pela Câmara, com base em um cálculo matemático que considerará variáveis como flutuação do dólar, alteração dos custos de produção e aumento de preços de matéria-prima. Do resultado final deverá ser descontada a antecipação dada à indústria em novembro, que foi de 4% e resultou em alta entre 2,5% e 3,5% para o consumidor.

Pelos cálculos da Associação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Abifarma), o aumento deve ficar próximo de 7%. "Isso não quer dizer que a indústria aplicará este percentual sobre todos os medicamentos. A Câmara estabelece apenas o limite máximo", diz Ciro Mortella, presidente da Associação.

Segundo ele, em novembro a indústria não chegou a a aplicar o reajuste total autorizado. O presidente do Conselho Regional de Farmácia do DF (CRF-DF), Antônio Barbosa, no entanto, diz que os remédios aumentaram 20%, em média, em 2001 .


Argentina anuncia plano para controlar os preços
Governo pede à população para não ceder às pressões e evitar a hiperinflação com a desvalorização .

O vice-ministro da Economia da Argentina, Jorge Todesca, anunciou ontem um plano para monitorar o aumento de preços no país. O mecanismo que controlaria a elevação dos preços será criado pela Secretaria do Comércio e pelo Indec (Instituto Nacional de Estatísticas e Censos, órgão oficial de pesquisa da Argentina). Todesca pediu cooperação para que os preços não sejam elevados. "Temos que tratar, tanto os consumidores como o governo, de ter uma desvalorização (do peso) com êxito, que não se transfira para os preços", afirmou.

No entanto, o vice-ministro reconheceu que existe uma "campanha psicológica" de "setores interessados" em elevar os preços. Embora não tenha citado explicitamente quais seriam esses setores, Todesca referia-se especialmente às prestadoras de serviços públicos, como telecomunicações e energia.

Insatisfeitas com as medidas econômicas do governo argentino, as empresas espanholas Telefónica e Endesa já se movimentam em lobbies para tentar elevar suas tarifas para compensar a desvalorização de 28,57% do peso que ameaça abocanhar seus faturamentos.

Empresas como Telefónica e Endesa, as maiores da Espanha, serão as mais afetadas com as novas medidas econômicas na Argentina pois dominam setores-chave dos serviços público. Além de telecomunicações e energia, o capital privado espanhol tem ainda forte atuação no setor financeiro (com os bancos Santander e Bilbao Vizcaya) e na distribuição de água (como a Águas de Barcelona S.A.).

Nesta semana, executivos da também espanhola Repsol, quinta maior petrolífera da Europa, se reúnem com o governo argentino para tentar reduzir a tarifa de um novo imposto sobre as exportações. A nova taxa serviria para compensar as perdas dos bancos com a desvalorização, estimada pelo governo em US$ 5,1 bilhões. Os bancos falam em US$ 15 bilhões.

Embora a taxa ainda não tenha sido oficialmente anunciada, segundo a imprensa local, ela pode chegar a 20% das exportações de petróleo e derivados, setor que mais se beneficiaria com a desvalorização da moeda argentina. Com a tarifa em 20%, a Repsol veria seu faturamento reduzido em cerca de US$ 460 milhões, baseado em exportações de US$ 2,3 bilhões em 2000.

Dólar tem maior alta em um mês
O clima de suspense em relação à reabertura dos bancos e casas de câmbio da Argentina, prevista para hoje, e as projeções sobre os prejuízos para bancos e empresas com a desvalorização do peso serviram ontem de pretexto para a maior alta do dólar comercial em quatro semanas. No final dos negócios, os investidores pediam R$ 2,375 para vender US$ 1 – uma valorização de 1,97% em relação ao fechamento de segunda-feira (R$ 2,329).

É a maior alta desde o dia 11 de dezembro, quando subiu 2,01% com a notícia de que o Banco Central tentaria conter a queda do dólar com uma troca de títulos cambiais. O valor de R$ 2,375 para a venda da moeda é o maior desde 14 de dezembro (R$ 2,377). Especulação ou não, os bancos com atuação na Argentina estão preocupados com o impacto da desvalorização do peso em seus balanços.

Se o dólar explodir no país vizinho, empresas e clientes terão dificuldades de pagar suas contas e serão obrigadas a dar o calote. O aumento da inadimplência prejudicará o desempenho financeiro das instituições. Além disso, os economistas estão pessimistas com a capacidade de recuperação da Argentina. A expectativa é de agravamento da recessão em 2002, que já dura quatro anos.

Com a reabertura dos bancos e casas de câmbio, há o receio de que a população saque seu dinheiro e compre dólar – o que provocararia um aumento desenfreado das cotações. Ontem, no mercado paralelo, o dólar valia cerca de 1,55 peso. Há banco prevendo que o dólar ultrapasse 3 pesos no final do ano.

Com esse aumento do dólar, haveria um processo descontrolado de remarcações de preços, o que elevaria ainda mais o custo de vida dos argentinos, que já sofrem com as altas taxas de desemprego e de redução de renda.

Vôos para Buenos Aires são reduzidos
A crise argentina obrigou as companhias aéreas brasileiras a reduzir a frequência dos vôos para o país-vizinho. A partir deste mês, a TAM e a Varig suspenderam, cada uma, a operação de uma freqüência diária para Buenos Aires. A medida tem o objetivo de adequar a malha à queda na procura de passagens dos argentinos para o Brasil.

Segundo o vice-presidente comercial da Varig, Roberto Macedo, a temporada atual – de dezembro a fevereiro – é de venda de passagens da Argentina para o Brasil. "O movimento do Brasil para a Argentina é fraco nesta época. Como os argentinos estão sem poder aquisitivo, o movimento de lá para cá caiu muito.''

A Varig – que operava 11 frequências diárias para a Argentina – reduziu a malha para dez partidas por dia. Com a redução da oferta de assentos, o índice de ocupação continua elevado, entre 59% e 60%. A TAM também cortou um dos seis vôos diários para Buenos Aires e transferiu a aeronave para as rotas domésticas.
Além dos vôos regulares, a Varig também registrou uma redução de 30% nos contratos de fretamentos, que chegam a garantir para a companhia até cem vôos extras na alta temporada .
Mesmo assim, a Varig acredita que possa normalizar a freqüência para a Argentina até fevereiro.


Artigos

Cássia Eller
Cláudios Lysias

"Muito frequentemente, celebridades são reduzidas a caricaturas unidimensionais. A percepção pública acaba por ditar os limites de seu caráter, a circunferência de sua alma. O que é muito fácil. Há sempre muito mais numa pessoa do que os olhos do público vêem".

Estas palavras de Carol Baker, escritas na introdução ao livro Memórias Perdidas (Jorge Zahar Editores, 2001, tradução e notas de Luiz Orlando Carneiro), de seu companheiro e mestre do Cool Jazz, Chet Baker (1929-1988), referem-se ao genial trompetista, mas poderiam referir-se a Cássia Eller, morta no último dia 29 de dezembro no Rio de Janeiro, aparentemente por uma mistura de álcool, remédios tranqüilizantes e cocaína.
Chet Baker viveu entre o céu e o inferno, este produzido pelo vício em drogas pesadas, especialmente a heroína. Como diz Luiz Orlando Carneiro, Chet foi uma perfeita tradução musical e existencial da luta constante entre o Dr. Jekyll e o Mr. Hide que o possuíram e fizeram de sua vida um exemplo de arte e tragédia modernas. A música de Chet Baker era sublime. Sua vida, um mergulho no infortúnio.

Cássia Eller não foi ao fundo do poço interminável de Chet, mas sempre admitiu ter tido uma relação pesada e contraditória com as drogas, também para ela salvação e perdição na mesma dose. Tímida, explosiva, doce e contundente, Cássia Eller talvez tenha sido a última grande artista brasileira a ter problemas sérios com a droga.

Ela mesma sabia que era preciso largar isso. No show bizz nacional, cocaína há muito deixou de ser sinônimo de glamour e rebeldia, para se transformar em droga mesmo, coisa ruim a ser evitada. Cássia sabia disso, mas a vida às vezes nos prega peças bastante desagradáveis.

Morta, e com dúvidas a pairar sobre sua morte, Cássia acabou por se transformar em uma coisa que ela nunca quis: personagem de um falso mistério, de manchetes policiais. Não é preciso ter dúvidas sobre a morte de Cássia Eller. Sua maior virtude talvez tenha sido a de levar uma vida em absoluta transparência. Nunca escondeu nada de ninguém. Sua sexualidade, seus vícios, suas dúvidas, tudo isso sempre foi um livro aberto para todos. Uma temeridade da artista, talvez. Mas uma atitude corajosa sempre será melhor do que a hipocrisia e a falsidade. Dessas duas c oisas, Cássia Eller jamais poderá ser acusada por ninguém.

É claro que a morte da cantora levanta, mais uma vez, a questão da droga, especialmente da cocaína e de seus similares, o crack e a brasiliense merla. Cocaína sempre foi droga da alta sociedade, das festas elegantes. Parecia inofensiva e charmosa. Este foi o problema. O Brasil e vários outros países não perceberam a rapidez com que a droga "popularizou-se", ao se transformar em objeto de desejo e consumo da classe média.
Hoje, o tráfico de drogas é um grande negócio, embora as autoridades ainda continuem insistindo em afirmar que ele é coisa de morro ou de favela urbana. Não é só isso. É indústria, tem executivos, gente influente por trás, políticos e tudo o mais que cerca uma grande atividade industrial.

Mas não deveria ser a morte de uma cantora de grande talento o principal motivo de uma nova reflexão sobre o problema das drogas. Os motivos estão aí em qualquer esquina de qualquer grande cidade do país, em que qualquer um pode comprar droga a hora que bem quiser e bem entender. Estão ainda em recentes estudos, feitos em bairros da periferia no Rio e São Paulo, que mostram crianças aos oito e nove anos admitindo que não têm esperança no presente e muito menos no futuro. É aí que a droga entra. É aí que seu charme e glamour são ainda menores, mas mais avassaladores. É aí que não há, sequer, a possibilidade da tragédia ser acompanhada pelo menos por uma grande obra de arte, por um Chet Baker ou por uma Cássia Eller.


Editorial

COVARDIA EM CASA

O número de crianças agredidas em todas as cidades do Distrito Federal, no ano passado, é espantoso. Foram 580 agressões registradas, cerca de uma a cada 16 horas. Mais espantosa ainda é a constatação de que 90% das agressões ocorrem dentro de casa, praticadas por pais, parentes ou padrastos. A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) não gosta de especular, mas acredita-se que esse número de agressões e espancamentos seja ainda maior, pois muitos casos não chegam ao conhecimento das autoridades. De qualquer forma, a Delegacia revela que a cada ano que passa, aumenta o número de pessoas dispostas a denunciar a violência.

A maior parte das denúncias parte de vizinhos ou de pessoas próximas, revoltadas com os atos de covardia. Mas o medo de represálias ou de conflitos na própria comunidade muitas vezes impedem que essas denúncias sejam feitas.

São casos chocantes, que exigem uma ampla reflexão. É difícil para as autoridades, sejam as policiais ou de assistência social, cuidar do problema. O primeiro caminho é o de uma conversa franca com os agressores, providência às vezes mais importante do que a pura e simples repressão. Há, porém, casos que vão além da conversa e da repressão e exigem a retirada da criança da guarda dos pais ou dos eventuais responsáveis. São os casos mais difíceis e complicados, que atingem em cheio o ambiente familiar. Está em jogo, em todas essas situações, a vida da criança e o seu futuro. Se ela for tirada dos pais ou responsáveis, quem garante que isso será o suficiente para que essa criança apague as más lembranças? De outro lado, como conscientizar os pais de que esse tipo de covardia não poderá se repetir?

A agressão a crianças não é um problema apenas do Distrito Federal. Em todo o Brasil, os índices são semelhantes. As causas estão ligadas a problemas sociais, como desemprego, miséria e alcoolismo, mas não são as únicas. As agressões não ocorrem apenas em lares pobres ou com graves problemas sociais. São problemas com um histórico maior e mais amplo do que sugerem à primeira vista.

Eis aí uma questão que só pode ser resolvida, efetivamente, com o envolvimento de toda a comunidade. Não basta punir ou aconselhar. Não basta aguardar providências das autoridades. Os centros comunitários e associações de moradores, nesas situações, são muito mais importantes.


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01/09/2002


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