LAURO CAMPOS APÓIA GREVE DE PROFESSORES E MÉDICOS DO DF



Os professores e médicos do Distrito Federal devem continuar a greve por reajuste salarial até o êxito final, opinou o senador Lauro Campos (PT-DF), que reuniu-se nesta segunda-feira (dia 2) com representantes dos grevistas e parlamentares locais. Lauro afirmou nesta terça-feira (dia 3) que a política econômica do governo federal colocou em situação difícil os profissionais da saúde e do ensino. Lauro disse que há trabalhadores do ensino no Distrito Federal ganhando menos do que um salário mínimo por mês. Os profissionais do ensino pedem ao governo do Distrito Federal reajuste de 63,8 %.

- Não importa ao governo federal se a comida dos trabalhadores, sem reajuste salarial há mais de cinco anos, não é a mesma, se a roupa é andrajosa e se a casa é menor. Importa apenas cumprir o que o Fundo Monetário Internacional exige - disse.

O senador disse que presidente Fernando Henrique Cardoso pede aos trabalhadores o impossível, quando pretende que se submetam sem reclamar a mais de cinco anos de perdas salariais. Lauro citou declaração do presidente, dada cinco anos atrás, segundo a qual, não é possível conseguir o equilíbrio orçamentário e o pagamento da dívida externa, ao mesmo tempo.

Lauro Campos leu dados do relatório de um economista que pediu demissão do Banco Mundial, informando que há 2,8 bilhões de miseráveis no mundo e que praticamente metade da população mundial não tem oportunidade de emprego. "Esse é o resultado de 500 anos de capitalismo", afirmou. O senador acredita que é quase impossível um país subdesenvolvido libertar-se dos condicionamentos internos e externos impostos a ele e desenvolver-se economicamente.

03/10/2000

Agência Senado


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