LAURO CAMPOS: CRISES SÃO PROVOCADAS PELO CAPITALISMO



A marcha do capitalismo é "triunfante", mas não se deve esquecer das guerras acontecidas desde o início do fenômeno capitalista até a década de 60, afirmou hoje (dia 22) o senador Lauro Campos (PT-DF), ao informar que na última quinta-feira (dia 18) esteve em São Paulo, participando do fórum de debates da Escola Superior de Guerra, no qual fez uma exposição a seu ver "fundamental para a compreensão da economia brasileira e mundial."

- Ao lado dos feitos e efeitos, do desenvolvimento sem precedentes das forças produtivas, o capitalismo desenvolveu um conteúdo negativo: o desemprego, a dívida pública, a dívida externa, a dívida de empresas e famílias, a dívida social, a exclusão, a marginalização, a pobreza, a fome, a desnutrição, a destruição sistêmica - frisou.

Após salientar que a expansão do capitalismo não se fez sem desencadear 366 guerras a partir de 1740 e 74 guerras internacionais entre 1816 e 1964, Lauro Campos afirmou que "o capitalismo desenvolveu espantosamente não só as forças produtivas mas também as forças improdutivas e destrutivas".

- Antes de chegar aos confins da terra e elevar o nível de vida, de cultura, de lazer, de saúde, de alimentação e de habitação da humanidade, o capitalismo desviou para os setores bélicos, destrutivos, parte substancial de seus recursos - disse.

O desenvolvimento capitalista produziu as crises recorrentes que, na opinião do senador, desde a de 1810, vêm se tornando cada vez mais completas e complexas. Lauro Campos disse que "a visão parcial e positiva do capitalismo considera-o como um processo de acumulação de capital, de descobertas tecnológicas, de globalização das relações de produção capitalistas, de aumento da produtividade e de modernização incessante".



22/09/1997

Agência Senado


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