Lauro lembra que FHC já falava em 1991 sobre a crise energética
Com críticas à política econômica e dirigindo-se a Fernando Henrique sempre com a palavra "majestade", o senador disse que, em um governo "despótico e autoritário", os defeitos da personalidade do presidente costumam contaminar a sociedade e o país se apequena diante desse tipo de governo, que reduz também a cidadania. Um exemplo disso seria o fato, segundo o senador, de o Legislativo estar praticamente paralisado, sem votações importantes para a sociedade. "Estamos em recesso permanente", completou.
Lauro ressaltou ainda que os parlamentares só podem alterar 30% do orçamento da União, dado que os 70% restantes estão reservados ao pagamento dos serviços da dívida. Ele explicou que os recursos destinados à saúde, educação e estradas, por exemplo, estão contidos nos 30% e que os parlamentares podem tirar da saúde para colocar na educação ou vice-versa, mas jamais apresentar um projeto que reduza o pagamento da dívida.
- É o país dos 30% porque os 70% já não pertencem mais ao Brasil - afirmou.
O senador enfatizou também que o presidente do Estados Unidos, George W. Bush, disse, em tom de ameaça, que o país que não puder pagar a dívida em dólar, deverá pagá-la em terras, "no nosso caso com a Amazônia".
18/06/2001
Agência Senado
Artigos Relacionados
CI promove seminário sobre crise energética
Congresso instala comissão sobre crise energética
CFC: Suassuna quer detalhes sobre crise energética
Comissão mista ouve governadores sobre crise energética
CI promove nova audiência pública sobre crise energética
Governadores falam sobre efeitos da crise energética na terça-feira