Legislativo abre programa de capacitação de pessoal










Legislativo abre programa de capacitação de pessoal
O Programa de Capacitação Profissional da Assembléia começou ontem com o curso de Gestão Empresarial. As aulas, dirigidas a superintendentes, diretores e assessores, serão ministradas pelo especialista em Psicologia Clínica e Organizacional Luciano da Silva até 6 de março. O presidente da Assembléia, Sérgio Zambiasi, do PTB, disse que idealizou a proposta para qualificar os funcionários. As atividades são organizadas pela Escola do Legislativo, criada no final de 2000.


Vieira decidirá terça-feira se vai processar Rossetto
O deputado Vieira da Cunha decidirá terça-feira se processará o vice-governador Miguel Rossetto por calúnia e difamação. As explicações do vice sobre supostas declarações à imprensa de que Vieira teria ligações com o jogo do bicho foram lidas ontem pelo desembargador Antonio Carlos Netto de Mangabeira. Vieira se disse surpreso porque Rossetto teve assessoria do defensor público-geral, Carlos Frederico Guazzelli.


Pompeo prega que Brizola seja escolhido como vice
O deputado federal Pompeo de Mattos afirmou ontem que o presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, é o vice ideal para a candidatura de Ciro Gomes à Presidência crescer. Pompeo ressaltou que o líder trabalhista tem história e passado identificados com a esquerda. 'Brizola dará à candidatura de Ciro o perfil de centro-esquerda, capaz de aglutinar os setores insatisfeitos da sociedade brasileira que não se seduzem pelo radicalismo de um extremo e de outro', argumentou.


Criada Frente Trabalhista pró-Ciro
PTB e PDT se unem ao PPS, mas acham cedo para divulgação de manifesto com propostas de governo

O PPS, o PTB e o PDT criaram ontem, em Brasília, a Frente Trabalhista para apoiar a candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. Apesar da festa preparada para a união informal, a cúpula do PPS ficou frustrada. Não houve consenso para a assinatura do manifesto coordenado pelo presidente nacional do partido, senador Roberto Freire. Segundo ele, o texto anunciava o compromisso da frente com as propostas de governo defendidas por Ciro. Os presidentes nacionais do PDT, Leonel Brizola, e do PTB, deputado José Carlos Martinez, sequer admitiram que tenham discutido o lançamento do manifesto. 'Eles acharam que não era momento de divulgá-lo. Não houve divergências quanto ao seu conteúdo', explicou Freire. O candidato do PPS salientou que a palavra basta para os homens de bem.

Durante reunião com parlamentares da frente, Ciro atacou o candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, José Serra, afirmando que o problema da saúde no país não foi resolvido. Ele condenou a saída de Serra do ministério em meio à epidemia de dengue. Falando sobre o combate à miséria, criticou o presidente Fernando Henrique Cardoso ao dizer que aprendeu o que é pobreza na vida e não em manuais de sociologia. Ciro avaliou que as alianças da sua candidatura serão democráticas e não impostas, como 'alguns partidos permitem'. Ele justificou a negociação com o PTB, que fez parte da base de sustentação do governo federal, declarando que a união representa um projeto trabalhista para o Brasil.

Freire, Brizola e Martinez pretendem repetir nos estados o pacto que estão formando para a candidatura à Presidência. À noite, eles estiveram reunidos, em Brasília, com os presidentes regionais dos seus partidos. O objetivo foi fazer com que comecem as negociações no sentido de reproduzirem a coligação nacional.


Deputados lançam Pratini e atacam Maluf
A candidatura do ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, à Presidência da República foi oficializada ontem, em Brasília, por 30 deputados federais do PPB. O líder do partido na Câmara, Odelmo Leão, disse que o lançamento é para valer. 'A partir da próxima semana, vamos iniciar trabalho nos estados para fortalecer a indicação do ministro', enfatizou Leão. O deputado federal Júlio Redecker elogiou a atuação de Pratini à frente da Agricultura, mas alertou para a possibilidade de a candidatura ser enfraquecida pelo presidente nacional do PPB, Paulo Maluf. 'Ele havia dado sua palavra de que o programa do PPB veiculado no início do mês seria integralmente em torno da candidatura de Pratini. Não só cortou o programa ao meio como também alterou parte do conteúdo. Se ele oferecer resistência à candidatura de Pratini, correrá o risco de ser destituído da executiva', alertou. Haverá nova reunião terça-feira, em Brasília, entre integrantes do diretório nacional do PPB, presidentes dos diretórios regionais e a bancada federal.

Apesar do ato de apoio, Pratini avisou que não tomará nenhuma decisão sobre a oficialização de sua candidatura à Presidência antes que sejam concluídos entendimentos entre os partidos para as próximas eleições. 'É muito claro o desejo do PPB de ter o seu candidato próprio. Eles já haviam indicado meu nome e vieram reafirmar esse apoio', disse Pratini. Sobre a permanência no governo, o ministro afirmou que o presidente Fernando Henrique Cardoso tem se mostrado extremamente cortês e amigo. 'O presidente disse que apoiará o que for melhor para mim. Isso não é convite formal para ficar, mas indica que, se eu não disputar nenhum cargo, poderei continuar no ministério', declarou Pratini.


Líderes do Cpers apóiam candidatura de Tarso
Dirigentes do Cpers/Sindicato e representantes de núcleos do Interior que integram o PT manifestaram ontem pela manhã, no Mercado Público, apoio à pré-candidatura do prefeito Tarso Genro ao governo do Estado. A presidente da entidade, Jussara Dutra Vieira, salientou que os professores reconhecem os avanços alcançados durante a administração de Olívio Dutra, mas continuam frustrados por receberam reajuste menor do que foi prometido na eleição de 1998. A nota assinada pelo alto comando do Cpers condiciona o apoio ao prefeito à melhoria no tratamento ao sindicato, 'alterando a relação de enfrentamento conduzida pelo atual governo', e ao respeito à independência da entidade. Jussara ressaltou que a administração está confundindo greve com afronta popular e ainda deve à categoria política salarial a longo prazo que valorize o magistério.
À tarde, sete dos 11 deputados estaduais do PT formalizaram apoio à reeleição de Olívio, em ato na Assembléia Legislativa. Os parlamentares disseram que ainda acreditam na desistência de Tarso pelo compromisso assumido por ele de não deixar o cargo de prefeito para disputar a eleição deste ano. A deputada Cecilia Hypolito questionou a manifestação do Cpers, salientando que o apoio não é da categoria, mas de grupo filiado ao partido que integra correntes ligadas a Tarso. 'Para ser decisão da categoria, deve passar por assembléia geral e isso não aconteceu', ponderou. O deputado Dionilso Marcon destacou a densidade eleitoral de Olívio, lembrando que o seu desempenho, em todas as eleições que disputou, superou o resultado das pesquisas, 'diferentemente de Tarso, que sempre teve votação inferior ao apontado'. Além de Marcon e Cecilia, defendem a reeleição do governador os deputados Ivar Pavan, Elvino Bohn Gass, José Gomes, Edson Portilho e Ronaldo Zülke.


Bernardi elogia ação do ministro
O presidente regional do PPB, Celso Bernardi, comemorou o lançamento pelo partido da candidatura do ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, à Presidência da República, ocorrido ontem. 'Essa posição já havia sido oficializada em 17 de janeiro pelo diretório gaúcho. Pratini tem visão internacional e representa referência em assuntos ligados ao comércio exterior', elogiou. De acordo com Bernardi, o lançamento de candidatura nacional não inviabiliza as alianças com outros partidos no Estado. O presidente regional pregou a formação de frente social-progressista, incluindo PPB, P FL e PSDB, que não precisam estar coligados no 1º turno, mas unidos em torno de projeto comum de governo. 'Isso facilitará a nossa aproximação no 2O turno', disse Bernardi.


Bornhausen deixa hoje o Senado
O PFL vai fazer esforço concentrado para promover a candidatura à Presidência da governadora do Maranhão, Roseana Sarney, em todo o Brasil. O presidente do partido, senador Jorge Bornhausen, licencia-se hoje do cargo para cuidar exclusivamente da campanha da governadora. A iniciativa inclui reuniões e viagens pelo país, tanto de Bornhausen como de Roseana, e uma reunião plena da executiva do PFL com governadores, vice-governadores e prefeitos de capitais, em Brasília, no dia 14 de março. Roseana deixará o cargo em 5 de abril e se dedicará apenas à campanha. Bornhausen acha que ela 'ganhará a eleição com qualquer regra', referindo-se ao fato de o Tribunal Superior Eleitoral avaliar mudança nas normas para coligações.


CNBB critica PT por tratar de aliança com Universal
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) criticou ontem a negociação de aliança do PT com bispos da Igreja Universal do Reino de Deus que pertencem ao PL. O vice-presidente da CNBB, dom Marcelo Carvalheira, afirmou que o risco de a Universal exigir o exercício de ministério posteriormente preocupa. O secretário-executivo da Comissão Brasileira de Justiça e Paz, Francisco Whitaker, disse que o PT terá de se explicar ao eleitor pela aliança com partido de centro-direita.


Debates da prévia começam 4ª-feira
A executiva estadual do PT definiu ontem as datas dos debates entre o governador Olívio Dutra e o prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro, para a prévia ao Piratini. O primeiro ocorrerá quarta-feira, às 19h, em Porto Alegre, e terá cerca de duas horas de duração. Cada candidato responderá a cinco perguntas e falará sobre o programa de governo. Os enfrentamentos acontecerão ainda em Caxias do Sul no dia 7 de março; em Palmeira das Missões, dia 9; em Santo Ângelo, dia 10; e em Santa Maria, dia 15. Os locais não foram definidos pela direção. Olívio e Tarso discutirão segunda-feira com a executiva as regras da prévia.


Políticos fazem campanha repudiando união com PL
Políticos do PT lançam hoje, no Rio, campanha nacional contra a aliança com o PL. Eles contestam a tentativa da maioria do comando nacional de fazer do senador José Alencar, do PL, o candidato a vice na chapa encabeçada por Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência. O grupo que repudia a aliança estima que a opinião é compartilhada por cerca de 35% do diretório nacional. Participarão de atos contra a coligação o ex-prefeito Raul Pont e o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues.


Serra se despede do ministério
A despedida de José Serra do Ministério da Saúde para se dedicar à candidatura do PSDB à Presidência reuniu ontem, em Brasília, mais de 700 pessoas no auditório do Centro Cultural do Banco do Brasil. Quando o novo ministro, Barjas Negri, e Serra entraram no palco, o candidato acenou para a platéia e Negri seguiu discretamente para a cadeira reservada no auditório. Em seguida, foi exibido vídeo trazendo Serra como personagem principal. As imagens mostraram o quanto os usuários do SUS estavam felizes com o resultado do trabalho do ex-ministro. Também foram lembradas campanhas promovidas pelo ministério, além de figuras históricas do PSDB, como os ex-governadores paulistas Mário Covas e Franco Montoro.


Artigos

BANCO CRÉDITO OLHO-NO-OLHO
Francisco Turra

A comunidade vinculada ao agronegócio comemora em 2002 o centenário de constituição da primeira cooperativa de crédito brasileira, hoje o Sicredi. Pode-se afirmar com segurança que, nesses cem anos, os produtores rurais, em algum momento, tiveram a oportunidade de recorrer a uma agência do banco cooperativo. Desde a fundação da instituição, na localidade de Linha Imperial, município de Nova Petrópolis, o Sicredi cumpre sua missão de contribuir para o desenvolvimento dos produtores, dos acionistas e da comunidade onde tem uma agência instalada. Lembro que, à frente do Ministério da Agricultura, quando da apresentação do Plano de Safra 99/2000, tive apoio do presidente Fernando Henrique e do presidente do Banco Central, Armínio Fraga, aprovando a equalização de recursos ao Sicredi, via Tesouro Nacional, por se tratar de uma instituição eficiente na aplicação de recursos destinados aos agricultores por ter alta aplicabilidade.

O que se observa hoje com bastante nitidez é que a instituição centenária apresenta fôlego de guri, desprendimento de adulto e respeito de ancião. Sem paternalismos, apresenta uma performance de crescimento em todos os municípios onde há uma agência instalada. A grande vantagem dos usuários é o fato de contarem com crédito aprovado olho-no-olho pelo gerente, um profissional e amigo que conhece o produtor ou a propriedade a ser beneficiada. Nesse contexto, ressalta-se o fato de o Bansicredi ter direcionado seu foco de atuação com a meta de permitir às cooperativas de crédito instrumentos para integrá-las ao Sicredi. Um trabalho em conjunto que, pela seriedade e pelo compromisso social com a atividade primária, é digno de elogios.

Se analisarmos as conquistas ao longo desse centenário, observamos que o Bansicredi vem se aprimorando cada vez mais na oferta de produtos e serviços, fazendo-se presente de forma mais próxima nas centrais de cooperativas e nas cooperativas singulares espalhadas por vários estados. Suporte que resulta na expansão das operações, de forma segura, e que transmite confiança entre os seus usuários. Um público que conseguiu ser fiel parceiro de uma instituição que está bem próxima do agronegócio gaúcho, recebendo o tratamento VIP de funcionários capacitados que falam a mesma linguagem do homem do campo.


Colunistas

PANORAMA POLÍTICO - A. Burd

PT DETONOU AS PONTES
Luiz Inácio Lula da Silva lembra que 'nossa prioridade era coligar com os aliados tradicionais - PSB, PDT e mesmo PPS', mas o partido que sobrou foi o PL. A guinada tem motivos. Em diferentes momentos, lideranças do PT insistiram que Garotinho é um populista, Brizola está superado e Ciro Gomes não passa de um novo Collor. Detonaram as pontes. Agora, Lula senta-se à mesa com tradicionais adversários, ainda que sob críticas severas do PT do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, que julgam a aproximação com os liberais um procedimento desautorizado e legítimo desastre. Ocorre que o comando nacional do partido está com os paulistas que não abrem mão e rejeitaram, ainda no ano passado, a forma democrática do rodízio no poder.

MESAS SEPARADAS
O hall do plenário tem agora mesas para o cafezinho. Os deputados Elmar Schneider e Alexandre Postal não sentarão frente a frente. Quebraram todos os copos na disputa pela 1a secretaria da mesa diretora.

VAI EXPLICAR
O diretor do Dmae, Carlos Todeschini, está convocado para explicar o tarifaço de 17,9% da água, às 14h30min de hoje, na Comissão de Orçamento de Finanças da Câmara. Tem tudo para pegar fogo.

TENTATIVA - 1) PC do B faz derradeiro esforço pelo consenso na escolha do candidato ao governo e conversa com quatro maiores correntes internas do PT. Desistiria se tivesse ouvido o que o deputado Dionilso Marcon disse ontem sobre Tarso Genro; 2) prefeito de Guarani das Missões, Lauro Marmilicz, integra comitiva do presidente FHC à Europa. Em seu município, 90% é de descendência da Polônia, incluída na rota de visitas.

O QUE UNE
O deputado federal Pompeo de Mattos comparou as diferenças entre PDT e PTB à existência de duas Alemanhas. Havia diferenças ideológicas, mas acabaram se unificando, porque todos eram alemães. Entre os dois partidos, acrescenta, há um grande elo: são todos t rabalhistas.

SOB SUSPEITA
Instituto de Belo Horizonte faz pesquisa por telefone com convencionais do PMDB. Perguntas são capciosas. Jeito de cobra mandada.

DESCONTENTES
Em Livramento, PPB quer dizer também Partido dos Protegidos de Bassedas, segundo os vereadores Walter Suarez, Adilson dos Reis e Lídio Mendes. Guilherme Bassedas é o prefeito, e os três vereadores, do PPB. Descontentes com a administração, abrem dissidência na coligação que tem PFL, PSDB e PMDB.

NOVA CHANCE
Os 181 diretórios do PT, que não realizaram eleições em outubro para escolha dos presidentes municipais, por falta de quórum, aproveitarão a prévia de março para as definições.

PERDAS
Em 1994, quando Esperidião Amin concorreu à Presidência da República, o PPB elegeu 88 deputados federais. Em 1998, quando não teve candidato ao Planalto, a bancada na Câmara caiu para 48 deputados. Prova de que ficar a reboque no 1O turno provoca lá seus estragos.

ENFRENTAMENTO
Reunião com a secretária municipal de Cultura, Margarete Moraes, ontem, levou a bancada do PT na Câmara a uma conclusão: terá de fazer enfrentamento com os que provocaram transtornos no carnaval de Porto Alegre, provocando um grande vexame de repercussão nacional.

APARTES

Após três anos, Cpers se encoraja para criticar governo do Estado, reconciliando-se com parte da categoria.

Só o 1º debate entre Olívio e Tarso será franqueado à Imprensa. Os demais terão as portas fechadas.

PT estadual decidiu abrir mão do uso das urnas eletrônicas na prévia.

Eduardo Sganzerla assumiu Comunicação Social do BRDE. Jornalista de reconhecida competência.

Está no Diário Oficial da União, do dia 15: auditoria do Tribunal Contas localiza rombo de R$ 1 bi no INSS.

PFL se reúne hoje à noite na praia de Araçá para tratar da campanha de Roseana Sarney no Estado.

Vereador Adeli Sell denuncia prostituição infantil no entorno do Mercado Público. Está ali, a olhos vistos.

Deu no jornal: 'Grande acordo com oposição fixa CPMF até 2004'. Pois contribuintes ficaram de fora.

PT diz que tentará alianças até o último segundo. É a velha esperança de fazer um golaço nos descontos.


Editorial

A REDUÇÃO DO JURO BÁSICO

Antecipando-se à expectativa do mercado, que aguardava do Banco Central uma redução da taxa básica de juro para a reunião de 19 de março, o Comitê de Política Monetária anunciou a queda de 0,25% da taxa Selic. O juro básico caiu, portanto, de 19% ao ano para 18,75%. A notícia foi recebida com aplauso pela indústria por considerar a decisão como uma sinalização a favor do desengessamento da economia, determinado pelos altos juros cobrados no país. As autoridades monetárias, segundo a nota expedida pelo Banco Central, explicaram a decisão como 'compatível com a convergência da taxa de inflação para suas metas'.

A meta de inflação deste ano está estimada em 3,5% e, mesmo com a queda que está se verificando neste mês de fevereiro, em relação a janeiro, o comportamento dos preços não indica, com a certeza necessária, que ela possa ser mantida ao final do ano. Daí a impressão de que o Banco Central estaria trabalhando com o limite máximo de 5,5% e não perseguindo o centro da meta deste ano, de 3,5%, o que estaria significando um afrouxamento da política monetária por estarmos num ano eleitoral. Contudo, essa hipótese não encontra amparo na conduta independente que tem sido mantida pelo Banco Central, cuja credibilidade está justamente na forma cautelosa com que tem adotado suas decisões sobre a política monetária. É, pois, lícito admitir que os indicadores econômicos já permitem que, pela queda dos juros, se possa acelerar a velocidade do desenvolvimento sem que com isso se comprometa o controle da inflação.

É preciso também que se leve em consideração que fatores que contribuíram para que a meta de inflação no ano passado fosse superada em relação à estimativa prevista de 4% para a central e de 6% para a máxima, para alcançar o índice de 7,67%, não estão mais presentes no cenário deste ano. O racionamento de energia acabou e os efeitos negativos do atentado terrorista de 11 de setembro, que abalou a economia americana com efeito no resto do mundo, estão praticamente superados. Existem, assim, motivos suficientes para se acreditar que os juros básicos possam baixar, ao longo deste ano, sem comprometer o controle da inflação, como parece estar sinalizando o Banco Central.


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02/22/2002


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