Líder do PMDB não vai apoiar urgência para votação do projeto que modifica a CLT



O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), alertou para a impossibilidade de o Senado votar o projeto que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) antes do final do ano. "Vou dizer com todas as letras: o PMDB não assinará a urgência/urgentíssima para o projeto vir ao Plenário do Senado sem tramitar nas comissões. Portanto, será impossível votar "a toque de caixa", como está exigindo o governo federal", garantiu, em discurso nesta quinta-feira (29).

Segundo Renan Calheiros, o máximo de celeridade que pode acontecer é a urgência constitucional que prevê 45 dias de tramitação de uma matéria no Senado. O PMDB, disse o líder, não vê motivo para "essa sangria desatada" na votação da flexibilização das leis trabalhistas, sem o devido debate, como se isso fosse resolver os graves problemas econômicos que o mundo e o Brasil estão enfrentando.

Renan Calheiros afirmou que, num momento de crise, não se pode tirar garantias da parte mais desprotegida da economia, que é o trabalhador. "Portanto, a flexibilização da CLT, mesmo na hipótese de ser aprovada logo na Câmara dos Deputados, tramitará no Senado com toda a cautela, cumprindo-se as exigências de exame pelas comissões", disse.

29/11/2001

Agência Senado


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