Líderes dizem que CPI do MST não deve ser instalada agora
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AC), reuniu-se, nesta segunda-feira (7), com os líderes do governo Aloizio Mercadante (PT-SP) e do PMDB, Renan Calheiros (AL), para discutir, entre outros assuntos, a CPI do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que não deverá ser instalada agora em razão do excesso de matérias que aguardam deliberação. No entender de Mercadante, -simplesmente, montar uma CPI para tratar de um movimento social específico, não vai contribuir em nada para resolver a crise no campo-.
À saída da reunião, o líder petista disse que o Senado vai ter uma pauta sobrecarregada nessa convocação e que por isso a CPI não pode ser instalada. De acordo com o líder, se for para fazer uma análise da violência no campo, aprofundar soluções para a reforma agrária, definir mecanismos para evitar grilagem, viabilizar assentamentos e contribuir para uma solução positiva desse conflito, é evidente que o governo quer se debruçar sobre o assunto, mas não há tempo para isso agora.
O líder foi também indagado sobre a criação do conselho político anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que seria uma forma de trazer o PMDB para o governo. Ele respondeu que o conselho político é um espaço muito importante e deve ser implementado o mais breve possível. Disse também que será importante ter o PMDB ajudando a formular as políticas públicas do governo Lula.
O senador Renan Calheiros saiu da reunião dizendo que é preciso aproveitar essa convocação extraordinária para votar os projetos que restringem a venda e o uso de armas no Brasil. Referindo-se à comissão mista que vai analisar os projetos que restringem o porte de arma, o líder disse que, se não for obtido consenso nessas votações até o próximo dia 22, serão votados os projetos que estão tramitando no Senado, mesmo que o relator se manifeste só em Plenário.
Renan reconheceu que não é fácil obter o consenso nos projetos sobre desarmamento. Ele disse que essa é uma matéria polêmica, que divide opiniões.
- Tanto que uma das concessões que admitimos fazer é aprovar a idéia do referendo da população. A gente aprova a lei e submete a vigência da lei a uma consulta popular - disse ele.
07/07/2003
Agência Senado
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