Líderes reafirmam pedidos de licença para Sarney
Logo após o discurso pronunciado na tarde desta quarta-feira (5) pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), os líderes do PT, Aloizio Mercadante (SP), e do DEM, José Agripino (RN), reafirmaram a posição dos respectivos partidos pela licença de Sarney. O entendimento desses partidos é que a licença permitiria o arrefecimento dos ânimos na Casa enquanto o presidente providenciasse sua defesa das acusações de quebra de decoro.
Mercadante fez questão de esclarecer o posicionamento do PT em função de notícias que dariam conta de negociações do PT e outros partidos em torno de uma proposta de renúncia para Sarney.
- Em nenhum momento recebi propostas de renúncia partidas do PSDB, DEM e PDT e PSB - esclareceu Mercadante.
Ele afirmou que desde o agravamento da crise no Senado a bancada do PT assumiu uma posição clara - a de que a licença temporária ajudaria defesa de Sarney e distensionaria o Senado. Ele explicou que a Presidência confunde-se institucionalmente com o Senado. Assim, o desgaste de um presidente acaba gerando desgaste para a Casa.
- Somo favoráveis à licença, porque dá direito à defesa, enquanto a renúncia é prejulgamento - observou, ainda, o líder do PT.
De qualquer forma, Mercadante adiantou que seu partido vai acompanhar o encaminhamento das acusações contra Sarney no Conselho de Ética e analisar com independência tanto os argumentos da defesa e como aqueles contidos nas representações de partidos como o PSDB e o PSOL.
- Não temos que nos açodar e nem fazer partidarismo, arquivando todas as representações - disse o líder petista.
Agripino confirmou as declarações de Mercadante sobre a proposta de licença e lembrou que ela foi discutida em reunião de líderes do PSDB, DEM e PDT e PSB, na manhã de terça-feira (4), no gabinete do presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE).
- Estamos com o documento pronto e assinado pelo PSDB e o DEM. Aguardamos a assinatura do PT, PSB e PDT - afirmou Agripino.05/08/2009
Agência Senado
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