Lídice da Mata: Lei Maria da Penha é vitória das mulheres no Brasil




Em pronunciamento em Plenário, a senadora Lídice da Mata (PSB-BA) comemorou os cinco anos da Lei Maria da Penha, a serem celebrados nesta quinta-feira (4) pelo Senado. Para a parlamentar, a lei é uma vitória do movimento das mulheres no Brasil, que por décadas lutou por uma legislação especial para punir seus agressores. Lídice lembrou a história de Maria da Penha Maia, cujo nome a lei homenageia, que foi agredida durante anos e sofreu tentativas de homicídio por parte do marido.

- Apesar de todas as atrocidades sofridas, seu agressor somente foi punido 19 anos depois, e mesmo assim ficou preso apenas dois anos. É indispensável rememorar este fato - disse a senadora.

Quanto à situação da segurança das mulheres, a senadora mostrou números da Fundação Perseu Abramo, que revelam que, a cada dois minutos, cinco mulheres são agredidas no Brasil, 7,2 milhões de mulheres com mais de 15 anos já foram vítimas de agressões e 1,3 milhão foram agredidas em 2009. As taxas de homicídios de mulheres, acima de países como México e África do Sul, também preocupam Lídice da Mata.

- A violência letal é apenas a ponta do iceberg. Os dados existentes sobre agressões físicas, psicológicas, morais e patrimoniais são impressionantes. - disse a senadora, que defendeu a criação de leis que deem direito aos que enfrentam de maneira desigual a violência.

Em apartes, o senador Vital do Rêgo Filho (PMDB-PB) enalteceu o papel da bancada feminina no Congresso e condenou a cultura do silêncio em torno da violência contra a mulher, e o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) exaltou as qualidades da mulher na política.

Dilma

Lídice da Mata lembrou os sete meses de Dilma Rousseff na Presidência da República, elogiando a independência da presidente em suas decisões e a continuidade de um projeto político que mudou o Brasil. A senadora classificou de "cantilena machista" as teorias de que a presidente seria uma "marionete" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou que seria dominada pelo ex-ministro Antonio Palocci.

- Dilma, no primeiro momento em que foi necessário, tomou a decisão de cortar na sua própria carne e tirar um ministro do seu próprio partido, dos mais destacados, demonstrando sua competência, sua independência, sua firmeza e sua responsabilidade - afirmou.

A senadora elogiou o Plano Brasil Maior, pacote em defesa do parque industrial brasileiro anunciado na terça-feira (2) pela presidente Dilma, lembrando que as medidas são necessárias diante da crise econômica mundial.



03/08/2011

Agência Senado


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