Lindberg pede cumprimento da resolução da ONU



Em discurso nesta quarta-feira (3), o senador Lindberg Cury (PFL-DF) pediu que o Senado envie correspondência oficial ao governo israelense, cobrando o cumprimento da Resolução 1.402 da Organização das Nações Unidas (ONU). A resolução exige um cessar-fogo imediato por parte de palestinos e israelenses e a retirada das forças israelenses da cidade de Ramallah.

O parlamentar afirmou que o povo palestino vem sofrendo "um verdadeiro massacre" pelas tropas de ocupação de Israel. Qualificou o primeiro-ministro israelense, o general Ariel Sharon, de belicista e disse que as ações por ele comandadas têm o apoio explícito dos Estados Unidos. Acusou Israel de não respeitar sequer a cidade santa de Belém, onde nasceu Jesus Cristo.

- Aliás, o governo israelense não tem respeitado nada. Para ele, nada significa a vida humana - afirmou o senador.

Para Lindberg Cury, um "exemplo claro" da arrogância do governo israelense é o cerco ao líder palestino, Yasser Arafat, "confinado a uma sala sem luz, sem água e sem comida". Para o senador, esse é "um ato extremo de humilhação, sem precedentes, ao líder de um povo".

O representante do Distrito Federal no Senado afirmou que as mulheres, crianças e idosos mortos já são contados aos milhares. Segundo ele, morreram por terem cometido "o crime de terem nascidos palestinos e estarem lutando por uma terra que lhes pertence". O senador leu trechos do pronunciamento do embaixador da Palestina no Brasil, Mussa Omer Odeh, a integrantes do grupo Tortura Nunca Mais, onde são citados os assassinatos de 836 crianças e ferimentos em outras 21,5 mil, entre os mais de 2,3 mil mortos e 43 mil feridos no conflito.

Em aparte, o senador Geraldo Cândido (PT-RJ) propôs que o Senado envie ao governo israelense um voto de censura e repúdio. Já o senador Maguito Vilela (PMDB-GO) afirmou que a situação irá perdurar enquanto não forem cumpridas as resoluções da ONU.

O senador Roberto Saturnino (sem partido-RJ) afirmou que é Israel quem está perdendo a guerra, ao perder a força moral do povo judeu que levou a criação de seu Estado, após o massacre nazista. Já o senador Casildo Maldaner afirmou que a busca da paz no Oriente Médio é preocupação de todos os brasileiros.



03/04/2002

Agência Senado


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