Lindbergh: Brasil está no rumo certo ao fazer aliança com mercados latino-americanos
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou que o Brasil acertou na estratégia de rejeitar alianças internacionais com grandes potências, a exemplo das reunidas na Área de Livre Comércio das Américas (Alca), que teriam, para ela, cunho recolonizador da América Latina.
Em pronunciamento nesta quinta-feira (8), Lindbergh disse que outro acerto brasileiro foi ter investido na integração do mercado sul-americano, contribuindo para aumentar significativamente o protagonismo do Brasil no cenário internacional. Essa postura também teria garantido ao país autonomia político-diplomática, a ponto de o Brasil ser ator de "primeira linha" nas negociações internacionais, articulando com êxito os interesses e anseios dos países em desenvolvimento nos fóruns internacionais.
Lindbergh também celebrou a constituição da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), formada por 33 países, em reunião à qual esteve presente.
- É um sinal também de que a América Latina está atingindo a sua maturidade e pretende atingir o seu destino endogenamente, sem históricas interferências das grandes potências mundiais.
O senador comentou a adesão do México e da Colômbia, países que tradicionalmente privilegiam as relações bilaterais com os Estados Unidos. Para efeitos de comparação, ele lembrou que em 1992 o México assinou com grande expectativa sua entrada no Nafta (Mercado Comum das Américas do Norte) e a partir daí começou a ver sua economia entrar em queda.
- Essa aliança abriu totalmente o mercado mexicano para os produtos vindos dos Estados Unidos e tornou aquele país extremamente dependente política e economicamente do seu vizinho superpotência. A assimetria entre os dois países ficou cada vez mais evidente. Grupos norte-americanos compraram grupos econômicos mexicanos que antes tinham pujança passaram a orbitar a cadeia produtiva da economia americana.
Por isso, na visão do senador, o governo Lula teria acertado ao negar a aliança ampla da Alca proposta pelos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que apostou no Mercosul.
- Se tivéssemos aderido à Alca nós não teríamos instrumentos para sair da crise de 2008, e o Brasil não seria esse país que se tornará a quarta economia mundial até 2023.
08/12/2011
Agência Senado
Artigos Relacionados
Jucá: Brasil está no rumo certo na área da ciência e tecnologia
Economia está no rumo certo, diz Sibá
PARA LOBÃO, ECONOMIA ESTÁ NO RUMO CERTO
Saturnino diz que críticas do PFL mostram que governo está no rumo certo
Sibá lista dificuldades de Lula e garante que o governo está no rumo certo
Brasil propõe aliança latino-americana de agências espaciais