Saturnino diz que críticas do PFL mostram que governo está no rumo certo
Ao contestar as críticas feitas pelo presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), aos cem primeiros dias do governo Luiz Inácio Lula da Silva, o senador Roberto Saturnino (PT-RJ) argumentou que ouvir de representantes de partidos conservadores que o governo está sendo imprudente é um bom sinal, um indício de que a atual administração federal está no caminho certo e continua coerente com sua ideologia e compromissos.
- Na visão conservadora, um governo de grandes mudanças sempre é visto como um governo imprudente - afirmou Saturnino.
Mesmo ao reconhecer que as grandes mudanças anunciadas durante a campanha ainda não chegaram nas áreas monetária e fiscal, Roberto Saturnino justificou que a herança deixada pelo governo anterior está exigindo um tratamento de prudência. Se a área econômica agisse de outra forma, opinou o senador, o país poderia perder o controle sobre as finanças públicas e entrar em uma crise incontornável.
Sobre o aumento do salário mínimo para R$ 240, que também foi alvo de críticas de Bornhausen, Saturnino lembrou que a proposta do governo anterior, aprovada no orçamento inclusive pelo PFL, era de R$ 211. Ele acrescentou que o valor proposto pelo governo Lula foi um avanço significativo dentro das possibilidades e das limitações herdadas da administração anterior.
- O fato é que o governo atual está criando as condições necessárias para que a economia brasileira finalmente volte a crescer, depois de 20 anos de estagnação. A política neoliberal, que acreditava que o mercado espontaneamente desenvolveria o Brasil, está sendo substituída por uma visão de que a arrancada para o desenvolvimento exige a presença firme e promotora do estado - explicou Roberto Saturnino.
O governo Lula, prosseguiu o senador pelo Rio de Janeiro, vai intervir, através de instrumentos como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para revitalizar a economia. Ele destacou que investidores internacionais e os grandes interesses financeiros, com a anuência do governo passado, realizaram um esforço grande para conseguir frear a economia brasileira.
Em aparte, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) registrou sua insatisfação pelo fato de o senador Jorge Bornhausen não ter ficado em Plenário para ouvir as palavras de Saturnino, que falou pela liderança do PT. Suplicy já tinha reclamado por Bornhausen, quando estava ocupando a tribuna, não ter lhe concedido um aparte para rebater as críticas feitas ao governo Lula.
09/04/2003
Agência Senado
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