LOBÃO REIVINDICA MUDANÇA NOS CRITÉRIOS DO FMI
- As estimativas do BNDES mostram que, a cada R$ 4 aplicados em saneamento público, seria possível economizar R$ 10 no atendimento de saúde. O ministro José Serra (Saúde) confirma essa relação, defendendo a necessidade de investimentos de R$ 4 bilhões por ano em saneamento básico. Ele considera os critérios do FMI como discriminatórios em relação aos países do Hemisfério Sul uma vez que, em relação à Europa, o Fundo exclui os investimentos das estatais do cálculo do déficit público - explicou.
Segundo Lobão, o ministro Pedro Malan (Fazenda) já levou ao FMI as reivindicações do Brasil para reformular esses critérios injustos que estão prejudicando a população brasileira, em especial os setores mais carentes. O senador afirmou que os governos federal, estaduais e municipais poderiam investir, através de suas estatais, mais R$10 bilhões anuais no setores sociais, caso o Fundo decida mudar o cálculo do déficit.
Lobão lembrou que, no Brasil, 21% dos domicílios não têm água encanada e 58% não dispõem de rede de esgoto. "No Nordeste, esses números são piores-35% e 85%, respectivamente. Investimentos em saneamento básico representariam um socorro para as populações pobres, vítimas contumazes das doenças infecto-contagiosos, da dengue, das hepatites, febre amarela, cólera e tantos outros males", concluiu.
07/08/2000
Agência Senado
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