Lúcia Vânia defende alterações na reforma tributária
Ao registrar que o presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, Gilberto Luiz do Amaral, estima que a proposta de reforma tributária aprovada na Câmara dos Deputados, se ratificada pelo Senado, elevaria a carga tributária para níveis próximos de 41% do Produto Interno Bruto (PIB), a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) defendeu alterações no texto atual para que a sociedade não seja obrigada a pagar mais tributos.
Citando levantamento do instituto, a senadora por Goiás informou que a relação entre os tributos arrecadados nos primeiros seis meses deste ano e o PIB atingiu 37,57%. Este percentual representa um aumento de 0,9% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando a carga atingiu 36,67%.
- Isto significa que o Estado aumentou a sua fatia no bolo da riqueza nacional, retirando poupança das mãos da população, que, por sua vez, ficou com menos dinheiro para consumir. Agora, com o projeto de reforma tributária que encaminhou ao Congresso, o governo mais uma vez tenta abocanhar uma fatia ainda maior da poupança - afirmou.
Na avaliação da senadora, o governo optou pelo caminho mais fácil: em vez de melhorar a qualidade da tributação preferiu aumentar a arrecadação. Lúcia Vânia também opinou que o momento escolhido para aumentar tributos não poderia ser pior, já que o Brasil está convivendo com elevadas taxas de juros e a economia encontra-se em recessão. Ela informou que de 1994 para cá a relação entre a arrecadação e o PIB diminuiu apenas uma vez, em 1996.
22/10/2003
Agência Senado
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