Lúcia Vânia protesta contra fechamento de gerências do INSS



O decreto que extingue 13 das 102 gerências regionais executivas do Instituto Nacional de Seguridade Nacional (INSS), responsáveis por 1.125 agências em todo país recebeu nesta terça-feira (28) o protesto da senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), que lamentou principalmente a perda da gerência de Anápolis, segunda maior cidade de Goiás. De acordo com a senadora, o decreto foi publicado no dia 2 deste mês e estipula um prazo de 30 dias para que as atividades dessas gerências passem para as que vão continuar funcionando.

A senadora explicou que a justificativa do governo é a necessidade de enxugar a máquina administrativa e de atingir resultados operacionais definidos pela atual administração. Já o argumento utilizado para a extinção da gerência de Anápolis foi sua proximidade com a capital do estado, Goiânia, onde funciona a outra gerência do INSS.

- É uma decisão, no mínimo curiosa, haja vista a grande demanda pelos serviços em um município tipicamente industrial. A gerência de Anápolis é responsável pela manutenção de 162 mil benefícios e a fiscalização de 22 mil empresas - afirmou.

Lúcia Vânia acrescentou que a gerência de Anápolis tem ainda como atribuição legal a supervisão de 117 municípios. Ela informou que a procura -é tão grande- que a gerência local costuma ser um pólo de difusão de serviços previdenciários para cidades vizinhas, como Caldas Novas e Goianésia, com atendimento móvel e plantões nos fins de semana. Essa sobrecarga de atribuições, emendou a senadora, é a realidade das gerências localizadas nas maiores cidades do país, nas quais o INSS tem sido obrigado a fazer um reforço no atendimento aos segurados e realizado mutirões para analisar processos.

Para a senadora, em Goiás, existe, na verdade, um déficit de agências do instituto. Excetuando a capital, o INSS tem apenas 33 agências para atender 242 municípios.



29/04/2003

Agência Senado


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