Luciana Genro diz que recessão mundial já existia antes do atentado aos EUA



A recessão econômica mundial e a queda de investimentos, da produção e do consumo foram temas abordados hoje (25/09) pela deputada Luciana Genro (PT). Ela teme pelo desemprego e pela miséria. "A queda espetacular das bolsas de valores, na semana seguinte ao atentado ao World Trade Center e ao Pentágono - a maior desde 1933 durante a grande depressão - é apenas a expressão do mercado financeiro e de capitais", avaliou Luciana, para quem as demissões de mais de 100 mil trabalhadores das empresas aéreas no mundo todo são um indicativo sobre quem vai pagar esta conta. Segundo a deputada petista, os grandes capitalistas tentam passar a idéia de que a recessão é uma conseqüência do atentado do dia 11 de setembro. "É claro que atos assim aumentam as incertezas. Mas esta recessão mundial estava a caminho antes dos acontecimentos de Nova Iorque e Washington". Ela recordou que a economia japonesa está estagnada há mais de uma década e que os Estados Unidos já enfrentavam uma desaceleração econômica. E mais, a Europa não tem conseguido compensar a perda de força da economia dos EUA. Luciana considera imprevisível a situação mundial. "Os grandes monopólios começam a planejar uma saída para a recessão em curso - a guerra. A atual conjuntura indica uma preparação sistemática, uma utilização da guerra como política econômica, ao invés de produzir para as necessidades humanas", prevê a deputada. A lógica econômica, no entendimento de Luciana, também faz parte desta ofensiva militar. A superação da recessão por esta via, por enquanto é uma hipótese. Para a deputada, nunca é demais lembrar que por estes meios que o capitalismo atravessou a grande depressão de 1929, somente superada com a produção massiva dos EUA para abastecer a Europa na II Grande Guerra. "No momento, o objetivo é superar a recessão, sem apostas imediatas em um novo período de crescimento acelerado. Os 40 bilhões de dólares aprovados pelo Congresso norte-americano para os primeiros gastos de Bush são apenas o começo", estima a deputada, prevendo que nas próximas semanas deverá ser aprovado outro aumento na ordem de US$ 33 bilhões no orçamento do Pentágono. Estas são medidas dos economistas ligados a Bush, numa lógica baseada na destruição em massa". Criticando os preparativos de guerra dos norte-americanos contra os afegãos, Luciana avalia que a reação dos povos oprimidos tende a crescer, polarizando ainda mais a situação mundial.

09/25/2001


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