LÚCIO ALCÂNTARA DECLARA APOIO À MANUTENÇÃO DA CPMF



"Sem a CPMF, pode-se fechar o Ministério da Saúde e jogar a chave fora", disse o senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE) ao defender a manutenção do imposto. Para ele, a contribuição está cumprindo com a função de melhorar a qualidade da saúde pública.Alcântara afirmou que a maior oposição à CPMF vem do setor financeiro, que reclama de vários aspectos do imposto, entre eles, a necessária identificação do contribuinte. Além disso, o senador reconhece que ninguém gosta mesmo de pagar impostos, mas declara que os recursos da contribuição são "imprescindíveis" para a manutenção de serviços essenciais na área da Saúde.Comentando os cortes do governo no orçamento do Ministério da Saúde, o senador salientou que eles precisam ser "bem analisados para não atingir as áreas essenciais". Em saúde, disse o senador, "quase tudo é essencial". Ele declarou, ainda, que confia no ministro José Serra para negociar esses cortes, "de uma maneira que não venham a prejudicar a população".O senador fez referências também à Lei de Doação de Órgãos, afirmando que "o governo precisa acreditar e investir mais na lei, fazendo campanhas de esclarecimento, dando orientações aos funcionários dos institutos de identificação e a todos os que lidam com o público em áreas relacionadas com doação". Para ele, o ponto que sofreu mais contestação da sociedade foi a forma de doar e isso "está resolvido porque as equipes médicas estão consultando as famílias dos doadores". Ele destacou o aspecto "democratizante" da lei porque ela criou a lista única de espera de doadores. Para o senador, a lista "acaba com aquela história de que só tem vez quem tem dinheiro, quem tem pistolão". Lúcio Alcântara acredita que as centrais estão funcionando de modo adequado e elogiou o trabalho do ministro José Serra, que, a seu ver, "é o responsável por esse bom funcionamento".

29/09/1998

Agência Senado


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