Luiz Henrique diz que livro de brasilianista é fundamental para entender desenvolvimento do país




Em pronunciamento nesta quarta-feira (8), o senador Luiz Henrique (PMDB-SC) saudou as observações feitas pelo cientista político norte-americano Albert Fishlow em seu livro mais recente, O Novo Brasil, para que o país possa consolidar sua posição de potência econômica nos próximos anos.

Na obra, o pesquisador da economia brasileira há quatro décadas e professor das Universidades Berkeley, Yale e Columbia apresenta uma visão integrada dos acontecimentos ocorridos nos últimos 25 anos no Brasil, alem das principais tendências e os novos rumos a se trilhar para um crescimento sustentável.

Fishlow ressalta que o Brasil, entre investimentos públicos e privados, compromete apenas 17% do Produto Interno Bruto (PIB) e precisa investir 25% para consolidar as conquistas obtidas em vários setores da economia nos últimos anos. Ele explica que outros países em desenvolvimento bem-sucedidos - e não apenas a China, com seus 40% - vão bem além. Na Ásia, Índia, Vietnã e Tailândia passam dos 30%; na América Latina, o Chile fica próximo dos 25%; e na África, a Argélia supera os 25%.

Na avaliação de Fishlow, disse o senador, as necessidades de capital para infraestrutura, no Brasil, são críticas. O país precisa de estradas, portos, aeroportos e novas habitações em áreas urbanas. A Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016 ampliam ainda mais a necessidade de investimentos.

Um relatório recente do banco Morgan Stanley, conforme Fishlow, trata a questão de forma detalhada. A conclusão é clara: para manter índice de crescimento de 5%, o Brasil precisa dobrar seu nível atual de 2% anuais do PIB em investimentos de infraestrutura.

Conselho de Segurança

Em seu discurso, Luiz Henrique destacou ainda a participação de Alberto Fishlow em debate realizado no último dia 6 na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) sobre as pretensões brasileiras de integrar o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

Na ocasião, Fishlow observou que o Brasil, no setor econômico, já tem forte representação no chamado G-20, onde se discutem as principais questões globais. Ele observou, no entanto, que o país terá que gastar muito mais em missões militares em várias partes do mundo, caso venha a se tornar membro permanente do órgão. Os custos e benefícios do ingresso do Brasil no conselho da ONU também dividiram a opinião de outros especialistas que participaram do debate.



08/06/2011

Agência Senado


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