Luiz Otávio alerta para as dificuldades que o Brasil terá com a ALCA
Ele lembrou que o presidente Fernando Henrique Cardoso se encontraria ainda nesta sexta-feira (dia 30) com o presidente George Bush, que nunca escondeu sua intenção de antecipar a data do estabelecimento da Alca de 2005 para 2003. Segundo Luiz Otávio, Fernando Henrique Cardoso terá que ser firme para opor-se à antecipação, argumentando que, sem o Brasil, a Alca não fará sentido.
Luiz Otávio listou os pontos de estrangulamento econômico que o Brasil precisará enfrentar, com urgência, se quiser beneficiar-se das oportunidades da Alca. O mais importante, em sua avaliação, é a reforma tributária, para acabar com o cipoal de impostos e com a fiscalização pulverizada e múltipla. "No caso de transporte de mercadorias, por exemplo, temos a Receita Federal, duas Polícias e cada estado fazendo questão de fiscalizar entrada e saída de mercadorias em seu território", disse.
Para comparar, Luiz Otávio citou o caso da União Européia, onde um caminhão sai de Portugal, em uma das extremidades do continente, atravessa vários outros e somente é fiscalizado e cobrado em seu destino final. "É fácil imaginar a economia de tempo e de dinheiro, bem como a dinamização das trocas comerciais", disse.
O senador citou, ainda, as deficiências na logística portuária, na infra-estrutura das estradas e nos serviços de telefonia - que, observou, depois da privatização trouxeram problemas de acesso entre determinados pontos extremos de algumas regiões - para concluir que "mesmo com o prazo de 2005 para a Alca, o Brasil terá pouco tempo para se preparar".
30/03/2001
Agência Senado
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