Luiz Otávio quer política de emergência para castanha-do-pará



O senador Luiz Otávio (PMDB-PA) cobrou do governo federal a adoção de uma política de emergência destinada a salvar a produção da castanha-do-pará, conhecida no exterior como castanha-do-Brasil, atividade que somente no estado do Pará emprega direta e indiretamente 35 mil pessoas, e que em 1998 chegou a exportar US$ 15 milhões.

Ele informou que a exportação vem decaindo ano a ano em virtude do -excessivo rigor sanitário- estabelecido pela União Européia quanto ao nível considerado aceitável de aflatoxina, substância proveniente de fungos. Para ele, essa barreira não-tarifária tem prejudicado a exportação do produto, em especial de sua variante com casca.

- Cumpre ressaltar, quanto ao rigor da política sanitária da União Européia, que o nível aceitável de aflatoxina em produtos importados pelos europeus é sensivelmente mais baixo do que o nível internacionalmente aceito, estabelecido pelo comitê denominado Codex Alimentarius, ligado à Organização Mundial de Saúde (OMS) - protestou o senador.

Luiz Otávio disse que, com a queda persistente do preço da castanha, muitas áreas da floresta amazônica ricas em castanheiras têm sido convertidas para outro tipo de aproveitamento econômico, como pasto para criação de gado e áreas de agricultura, normalmente de baixa produtividade. Além disso, observou, os caboclos que sempre viveram da extração da castanha estão migrando para as cidades, -num autêntico êxodo rural-.

Por tudo isso, Luiz Otávio sugeriu ao governo algumas providências destinadas a -salvar-a produção, a começar pelo qualificação da mão-de-obra que extrai a castanha da floresta. Ele lembrou que o manejo inadequado e as condições de armazenamento precários favorecem a contaminação da castanha pelo fungo que produz a aflatoxina. Ele também propôs a preservação dos castanhais e a criação de laboratórios especializados no controle de qualidade do produto.



25/04/2003

Agência Senado


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