LUZIA ALIA PNE E FUNDEF COMO FUNDAMENTAIS PARA A EDUCAÇÃO



Ao elogiar o programa educacional do governo, a senadora Luzia Toledo (PSDB-ES) disse nesta quarta-feira (dia 14) que a segunda metade da década de 90 passará à história brasileira como o período em que a nossa sociedade assumiu a questão educacional como efetiva prioridade. A senadora se referiu especialmente ao Plano Nacional de Educação (PNE) e ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).Apesar de considerar inegáveis os avanços do Fundef, como um aumento médio de 12,9% no salário dos professores já na etapa inicial do programa, Luzia Toledo afirmou que o projeto "necessita de contínua avaliação de seus resultados". Em função disso, a Comissão de Educação, por iniciativa da senadora, receberá em breve o ministro da Educação, Paulo Renato Souza, para uma exposição da situação atual e das perspectivas do Fundef.A senadora, que vem de uma longa militância profissional no magistério e na administração escolar, enfatizou que os problemas enfrentados pelo governo para vencer o analfabetismo ainda são gigantescos. Segundo Luzia, em 1992, a avaliação comparada do desempenho educacional de uma mostra de meninos e meninas, entre seis e 13 anos, em 20 países, promovida pelo instituto americano Educational Testing, colocou o Brasil em penúltimo lugar, à frente apenas de Moçambique. Ela destaca que o PNE propõe-se a combater "um dos mais vergonhosos e, até agora, intratáveis déficits de nosso desenvolvimento humano: a altíssima taxa de analfabetismo adulto". A senadora informa que na América do Sul o nosso índice (14,6%) é inferior apenas ao da Bolívia, com 16,9%, segundo dados da Unesco.Em seu discurso, Luzia Toledo ressalvou que os avanços do governo na área educacional, citados por ela, não significam ainda "o pleno resgate da dívida social e moral deste país com seus professores". Em aparte, o senador Mozarildo Cavalcanti (PFL-RR) concordou com as questões levantadas pela senadora e disse que uma forma de conseguir um desenvolvimento profundo na educação é combater as desigualdades regionais. "Investir em educação no Nordeste seria uma forma muito forte de atingir outros problemas sociais que são correlatos, da mesma forma na região Norte", completou.

14/04/1999

Agência Senado


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