LUZIA APÓIA O GOVERNO NA DEFESA DE UMA AGENDA POSITIVA PARA O BRASIL
Ao anunciar nesta quarta-feira (dia 5) a realização da Convenção Nacional do PSDB nos dias 14 e 15 próximos, a senadora Luzia Toledo (PSDB-ES) disse que o partido deve aprofundar um debate programático sobre os rumos da social-democracia "neste limiar do Século XXI", e apoiou o esforço do presidente Fernando Henrique Cardoso para colocar em prática uma agenda positiva para o segundo mandato. Ela concorda que os compromissos do governo não podem ser reduzidos ao cumprimento do ajuste fiscal com o FMI. A senadora elogiou o empenho do presidente em debelar a crise cambial e ressaltou que a estabilidade de preços com moeda forte não é um fim em si mesmo, mas um meio decisivo para a grande meta da retomada do crescimento com justiça social. Luzia disse que o PSDB, partido do presidente da República, continuará trabalhando, no Executivo e no Congresso, para a aprovação das reformas e aumentará sua articulação com a base do governo para apresentar opções que intensifiquem o ritmo da economia, a geração de empregos e a competitividade das empresas.- Isso significa que o PSDB vai enriquecer e aprofundar o debate nacional sobre a reforma tributária, sem descuidar do arcabouço político e institucional que assegure a eficácia, a agilidade, a racionalidade e a representatividade do processo decisório das políticas públicas, ingredientes indispensáveis a um ambiente de prosperidade e bem-estar. Daí, o nosso compromisso inabalável com a defesa e a popularização da discussão da reforma político-partidária - esclareceu.Além dessas discussões, Luzia Toledo entende que o PSDB precisa engajar-se no debate da Terceira Via, aprofundando estudos sobre o que ela chamou de "os cinco dilemas políticos": a globalização; a exacerbação do individualismo; a renovação do sentido do continuum esquerda-direita; o novo papel do Estado e o novo status da questão ecológica. Dizendo-se honrada em estar entre os fundadores do PSDB no seu estado, a senadora também elogiou o governador do Espírito Santo, José Ignácio Ferreira, pelos seus índices de aprovação popular. Em aparte, o senador Osmar Dias (PSDB-PR) disse que é necessário refletir sobre o discurso e a prática do partido. Presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAS), ele lamentou o que considera pouco interesse dos senadores do PSDB em debater a política social do governo e reclamou da falta de quórum na comissão, afirmando que "é lá que devemos praticar a verdadeira social-democracia". A senadora concordou com a ponderação, mas ressaltou que todas as comissões estão com problemas porque a Casa está com uma agenda cheia.
05/05/1999
Agência Senado
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