Má gestão é empecilho para melhoria da saúde pública, aponta Paulo Davim
A falta de recursos não é único problema pelo qual passa o sistema de saúde pública do país. Em discurso no Plenário nesta terça-feira (21), o senador Paulo Davim (PV-RN), que é médico, apontou a má gestão administrativa e financeira como outro empecilho para o bom funcionamento do setor.
O parlamentar apresentou auditoria do Tribunal de Contas do Rio Grande do Norte mostrando que de 22 hospitais da rede pública no estado 16 têm baixo percentual de ocupação, alguns deles na faixa de 13% a 18%, muito aquém do ideal estabelecido pelo Ministério da Saúde. Em contrapartida, algumas unidades na região metropolitana de Natal, a capital potiguar, estão superlotadas, com índice que chega a 147%.
- Ou seja, há pacientes em corredoras, em cadeiras ou em pé. Isso demonstra claramente a ineficácia gerencial do estado sobre seus hospitais. Gerenciamento é um problema sério, assim como mau aproveitamento dos parcos recursos públicos - lamentou.
Remédios
Paulo Davim apresentou também um estudo do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre os medicamentos à venda no Brasil. Conforme o levantamento da corte, 43 dos 50 princípios ativos de maior faturamento do Brasil têm preços acima da média mundial. Destes, 23 são os mais caros do mundo.
- De 50, apenas três estão abaixo da média internacional, o que é inadmissível – reclamou o senador.
Davim pediu mais fiscalização e transparência ao setor de saúde. Além disso, na opinião dele, qualquer outra solução que não reponha recursos orçamentários para a área será “panaceia” e não resolverá os problemas.
21/05/2013
Agência Senado
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