Magno Malta critica uso da religião na campanha eleitoral




O senador Magno Malta (PR-ES) comemorou em Plenário, nesta quarta-feira a eleição de Dilma Rousseff para a Presidência da República e lamentou que a fé dos candidatos tenha sido utilizada na campanha eleitoral. O senador criticou as manifestações de grupos religiosas que tentaram influir na eleição com argumentos preconceituosos.

- Nós estamos num país laico, há que se respeitar todos. A Constituição brasileira diz que eu tenho que respeitar o hinduísta, o budista, o católico, o ateu, aquele que professa fé afro. Mas eu também preciso ser respeitado. Um homem público não pode ser votado pela fé que ele professa, mas pelo seu passado, pelo seu presente e por aquilo que ele propõe para a sociedade brasileira - disse.

Magno Malta afirmou ter sido também vítima de preconceito oriundo de grupos católicos. Segundo ele, bispos capixabas elaboraram documento - que era lido nas igrejas - pedindo que não se votassem na sua reeleição. "Será uma discriminação por causa da minha religião?", questionou.

Na avaliação do senador, a presidente eleita foi vítima da mesma violência.

- Escolheram alguns pontos e começaram a atacar essa mulher. Os e-mails viraram a vedete dessa eleição. O ataque à honra das pessoas, e-mail que ninguém assina, que não se sabe a origem - disse.

Sobre a formação do futuro governo Dilma, Magno Malta pregou a união dos partidos que participaram da campanha petista, sem privilégios.

- Há uma coalizão para se ganhar uma eleição para governar juntos, e não se entende que depois isso [a participação] seja medida pelo tamanho que tem do ponto de vista de filiados - afirmou.



03/11/2010

Agência Senado


Artigos Relacionados


Magno Malta critica ministros de Dilma

Magno Malta critica fim da cobrança da CPMF

Magno Malta critica ministro da Educação

Magno Malta quer caminhoneiros na campanha contra a pedofilia

Magno Malta critica reação de Dilma a protestos

Magno Malta critica FHC por defender descriminalização da maconha