Magno Malta nega participação em irregularidades na compra de ambulâncias



Após ter sido denunciado por envolvimento com irregularidades na compra de ambulâncias com verbas de emendas parlamentares, o senador Magno Malta (PL-ES) enviou ofício ao presidente do Senado, Renan Calheiros, rebatendo as acusações "de cunho calunioso e difamatório". A inclusão de seu nome entre os suspeitos de ligação com a "máfia das ambulâncias" foi tida por ele como um contra-senso, pois nenhuma das cinco emendas orçamentárias que teria apresentado como deputado federal e senador, já pagas, é da área de saúde.

"Trata-se de uma denúncia espúria que não se sustenta. Não tenho do que me defender. Meu sigilo já está à disposição da Justiça e do Ministério Público", afirma o senador no ofício lido em Plenário.

Além de assinalar a autoria do requerimento de instalação da CPI dos Bingos e o apoio à criação da CPI dos Sanguessugas, Magno Malta destacou, no ofício, sua luta contra as drogas e o crime organizado. Ele insinuou que a denúncia seria retaliação pelo "trabalho honesto e pela busca da punição para quem rouba dinheiro público" realizado, principalmente, à frente da CPI do Narcotráfico.

Sobre o assunto, Renan ponderou que a todos é dada a presunção de inocência, reiterando que não irá "colaborar com o linchamento de ninguém". O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) considerou acertada a decisão de Magno Malta, que está em missão nos Estados Unidos, de enviar esclarecimentos ao Senado. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) apelou pelo cuidado e pela responsabilidade na divulgação de eventuais denúncias contra parlamentares pela CPI dos Sanguessugas. "É preciso ter serenidade e isenção", acrescentou.

12/07/2006

Agência Senado


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