Magno Malta nega ter recebido carro da "máfia das ambulâncias"



O senador Magno Malta (PL-ES) enviou na tarde de terça-feira (26) nota à imprensa em que afirma jamais ter recebido qualquer carro da família Vedoin, apontada como organizadora do esquema de irregularidades no uso de recursos do Orçamento da União da área da saúde para a compra de ambulâncias com preços superfaturados. Na nota, Malta afirma que o veículo Ducatto, da marca Fiat, que o empresário Luiz Antônio Vedoin alega ter doado ao senador, segundo matéria publicada pela imprensa, era do deputado federal Lino Rossi (PP-MT).

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"A caminhonete Fiat/Ducatto, citada em alguns veículos da imprensa nacional, não foi de minha propriedade. Antes sim, utilizei-a por empréstimo. O início desse empréstimo foi possivelmente em setembro de 2003, e a devolução se deu em julho de 2005. O empréstimo foi feito pelo deputado Lino Rossi e jamais por qualquer empresa, muito menos a Planam", afirma a nota.

O parlamentar disse que o empréstimo do veículo foi pessoal, com caráter artístico e religioso, para que pudesse transportar os integrantes de sua banda gospel (música elaborada com fundamentos bíblicos) pelo interior do Espírito Santo. Destacou ainda que, durante o período do empréstimo, arcou com todas as despesas de impostos e manutenção do carro e jamais imaginou que o Fiat tivesse qualquer procedência duvidosa, mesmo porque, acrescentou, "tem o deputado Lino Rossi como pessoa ilibada, até que se prove o contrário".

Ao se referir ao esquema de fraudes ao Orçamento da União, Malta argumentou que em seus dois mandatos, o primeiro como deputado federal, jamais apresentou qualquer emenda para a compra de ambulâncias ou voltada para as áreas de ciência e tecnologia e comunicações, que também estão sob suspeita.

O senador se colocou à disposição da Corregedoria Parlamentar do Senado para qualquer esclarecimento e afirmou ainda que todos os que estiverem utilizando indevidamente o seu nome para denegrir a sua imagem estão sujeitos a responder perante a Justiça.

"Não sei a origem e o porquê dessas denúncias, embasadas em um suposto depoimento de um réu confesso. Entendo que talvez seja uma tentativa de vindita e retaliação por parte de criminosos, diante do trabalho digno e honesto que realizamos mais intensamente no Estado de Mato Grosso. De qualquer forma, vou interpelar o senhor Vedoin para que responda judicialmente por essa história inverossímil", diz a nota.



26/07/2006

Agência Senado


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