Magno Malta quer Forças Armadas ajudando no combate ao crime



O senador Magno Malta (PL-ES) defendeu uma completa revisão do conceito de segurança nacional, de modo a permitir a imediata participação das Forças Armadas brasileiras no combate ao narcotráfico, contrabando de armas e crime organizado. Segundo ele, o -estado de guerra- que o Brasil vive necessita que as Forças Armadas dêem a sua contribuição, a fim de o país retorne à normalidade.

Magno Malta explicou que a sua proposta não implica, simplesmente, colocar os homens das Forças Armadas nas ruas para combater diretamente a criminalidade. Caberia ao Exército, à Marinha e à Aeronáutica deslocar soldados para fazer o policiamento ostensivo, com a ajuda da Polícia Federal, nos portos marítimos e fluviais, nas fronteiras secas e, entre outras áreas, nos campos de aviação espalhados por todo país.

Com isso, observou o senador, o crime organizado seria enfraquecido, além de o narcotráfico e o contrabando de armas sofrerem um duro golpe. Ele também pediu a entrada em vigor da chamada Lei do Abate, que permite a aeronaves militares brasileiras derrubarem aviões suspeitos dentro do espaço aéreo nacional, bem como a continuidade do exame criminológico e a pena de prisão perpétua para traficantes de drogas e pessoas que fazem parte do crime organizado.

Magno Malta, que é membro da Subcomissão de Segurança Pública, vinculada à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), disse que saiu da última reunião desestimulado, já que comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, que participaram dos debates, deixaram claro ser contrários ao engajamento das Forças Armadas no combate à criminalidade.

O senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), em aparte, disse não ser mais possível cerca de 300 mil homens, que compõem as Forças Armadas, ficarem nos quartéis, enquanto o país praticamente se degenera com o aumento da criminalidade, principalmente nos grandes centros urbanos.



18/06/2003

Agência Senado


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