Maguito anuncia decisão de Itamar Franco de não concorrer à presidência do PMDB
Itamar afirmou que sua candidatura tinha como objetivo unir o PMDB para mantê-lo longe das "manobras ardilosas" do presidente Fernando Henrique Cardoso, que estaria tentando influir nas decisões partidárias "para manter o partido subordinado aos interesses do Palácio do Planalto".
Conforme o governador, foram "essas tentativas insólitas de aliciamento, práticas que desfiguram o sistema republicano e abastardam a vida partidária", que o levaram a disputar a direção do partido.
Maguito lembrou que o PMDB, em sua próxima convenção do dia 9 de setembro, não somente escolherá o presidente e demais membros da Executiva Nacional, como decidirá, ou não, por se afastar do governo federal e apresentar candidato próprio à Presidência da República nas eleições de 2002. O senador disse que os dois nomes que se apresentaram como pré-candidatos - Pedro Simon e Itamar Franco - honram o PMDB com suas biografias.
Para Maguito, é essencial para a sobrevivência do partido que a maioria dos convencionais decida pelo afastamento do governo federal e por uma candidatura própria. "Não podemos aceitar ingerência do Planalto ou de qualquer outro partido político, se quisermos sobreviver", disse o senador.
Em aparte, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) afirmou que o PMDB precisa sair do caminho estreito e dúbio do consenso para procurar a independência. "Tenho sido minoria, por defender o afastamento do PMDB do governo Fernando Henrique, mas tenho certeza de que, nas bases eleitorais do partido, sou maioria, e a convenção mostrará este fato", garantiu.
09/08/2001
Agência Senado
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