Maguito Vilela condena instalação de CPIs



O senador Maguito Vilela (PMDB-GO) condenou a imediata instalação das comissões parlamentares de inquérito (CPIs) destinadas a apurar as denúncias envolvendo o ex-assessor parlamentar do Palácio do Planalto, Waldomiro Diniz, bem como a dos bingos, alertando que "o país poderia parar", com reflexos negativos em todos os setores da economia.

- Se por um simples anúncio de um pronunciamento de um senador da República a bolsa de valores despencou e o dólar subiu, imagine se fosse criada uma CPI para apurar o caso Waldomiro Diniz - observou Maguito Vilela, que considerou "desnecessária" a entrada do Legislativo no caso, via comissão parlamentar de inquérito, uma vez que a Justiça, o Ministério Público e a Polícia Federal "estão investigando em profundidade as denúncias".

Para Maguito Vilela, a criação de uma CPI sempre esteve condicionada, em sua grande maioria, à ausência de qualquer investigação por parte do Poder Público, "o que não é o caso em ambas as situações". Afinal de contas, observou o senador, a função do parlamentar não é de policial. Mas admitiu que se as investigações não obtiverem êxito, "aí sim seria necessária a instalação das CPIs".

Maguito Vilela disse ter certeza de que a criação das CPIs só interessaria à oposição, que usaria as audiências públicas como um autêntico palanque político. A seu ver, em vez disso, o país precisa de tranqüilidade para retomar o crescimento, gerar empregos, aumentar a produção e as exportações.

Trambique

O senador por Goiás também pediu punição exemplar para os responsáveis pela aplicação "de um dos maiores trambiques" que, segundo informou, envolve cerca de 220 prefeitos, conforme denúncia publicada pela revista Isto É na edição desta semana. De acordo com as denúncias, o Instituto de Tecnologia Aplicada à Informação (Iteai) recebia dinheiro das prefeituras sem entregar, conforme o contrato assinado, computadores para serem usados por alunos do ensino fundamental.

A fraude, segundo informou, alcançou a cifra de R$ 60 milhões e 11 prefeituras de Goiás estão envolvidas no escândalo. À exceção de Niquelândia, todos os demais municípios envolvidos pertencem aos quadros do PSDB, disse Maguito. "Será isso coincidência"? indagou Maguito Vilela ao cobrar aprofundamento nas investigações.



04/03/2004

Agência Senado


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