Mão Santa acusa reforma tributária de empobrecer o Nordeste
-Isso não é reforma, é aumento de caixa-, exclamou o senador Mão Santa (PMDB-PI) ao falar da proposta de reforma tributária em exame no Senado. Além de afirmar que a proposta enviada pelo Poder Executivo vai tornar o Nordeste mais pobre, o parlamentar rebateu críticas à guerra fiscal, destacando que a concessão de incentivos fiscais e financeiros desenvolve a economia e gera emprego e renda em regiões mais carentes do país.
Mão Santa também tratou de relacionar nove pontos que considera negativos na reforma. Dentre eles, aparecem a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2007; a cobrança pelos serviços de limpeza urbana e iluminação pública; a progressividade do imposto sobre heranças e a cobrança de Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) sobre aeronaves e embarcações. As críticas do senador pelo Piauí também se dirigiram ao aumento de carga tributária que estaria sendo patrocinado pela proposição.
- Se Cristo andasse por aqui e um brasileiro ou brasileira perguntasse a ele se era justo pagar essa carga de imposto, ele diria -não dê a Lula não, que ele tem tirado da família, do velhinho, do aposentado, da viuvinha e do deficiente- - declarou. Hoje, com a carga tributária equivalente a 37% do Produto Interno Bruto (PIB), Mão Santa observou que é ainda maior o -assalto- praticado pelo governo, que obriga os trabalhadores a lhe entregar o correspondente a quatro meses de salário por ano.
03/12/2003
Agência Senado
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