Mão Santa defende interiorização do ensino público universitário federal



O senador Mão Santa (PMDB-PI) defendeu a interiorização do ensino público universitário federal no país, como forma de atender as camadas sociais menos favorecidas. Ele também pediu um maior envolvimento do poder público na democratização das oportunidades de educação nas regiões mais carentes. Dessa forma, completou o senador piauiense, a educação cumprirá sua função de redistribuição de renda, oferecendo aos mais pobres melhores condições de acesso ao trabalho e à renda.

- O diploma do ensino superior, em nosso país, mais do que um luxo, é uma necessidade social. A universidade vem cumprindo bem seu duplo papel educacional de gerador e foco de difusão de conhecimento. Mas o modelo educacional adotado tem dificultado que ela cumpra seu papel social para com seus alunos: o de ser um importante elemento de distribuição de renda - afirmou Mão Santa.

Na avaliação do senador, enquanto os filhos das classes favorecidas continuarem a dispor de mais chances para ingressar no ensino superior federal, maior será a concentração de renda nas mãos dos mais ricos. Mão Santa lembrou que a qualidade reconhecida das instituições públicas tem atraído os interessados numa educação de melhor qualidade. Conseqüentemente, os menos favorecidos são empurrados a disputar as vagas na rede privada, que atende com uma educação reconhecidamente inferior.

Mão Santa lembrou quem, quando governou o Piauí, foram criadas 300 faculdades e 32 campus universitários no estado. Ele registrou que no último vestibular promovido pela Universidade Estadual do Piauí, durante sua gestão como governador, 65 mil pessoas se matricularam para disputar as vagas oferecidas.

Em aparte, o senador Paulo Paim (PT-RS) lembrou ter apresentado projeto de lei garantindo mais vagas no ensino universitário federal para as classes menos favorecidas. Seu projeto reserva um determinado número de vagas para as pessoas que comprovarem, mediante apresentação da declaração de Imposto de Renda da família, que são pobres.

Hospital

Mão Santa também fez um apelo aos ministros da Educação, Cristovam Buarque; da Saúde, Humberto Costa; e da Fazenda, Antonio Palocci, no sentido de que o governo federal garanta a liberação mensal de R$ 60 mil para o custeio do Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí. Ele informou que o hospital, iniciado há 14 anos, recebeu investimentos de R$ 22 milhões e que não funcionou até hoje pela falta de recursos para seu custeio.



23/06/2003

Agência Senado


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