Mão Santa homenageia professores e critica reforma da Previdência
Ao homenagear o professor pela passagem do seu dia, o senador Mão Santa (PMDB-PI) pediu melhores salários para a categoria e criticou a reforma da Previdência encaminhada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Congresso, atualmente em exame no Senado. Ele ressaltou que a proposta do governo retira direitos adquiridos de diversos servidores públicos, entre eles os professores.
- Hoje, professores de todo o país estão humilhados, aviltados e intranqüilos com essa reforma que lhes tira direitos. O governo está servindo de office-boy para entregar nossas riquezas ao FMI (Fundo Monetário Internacional), ao Bird (Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento) e ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) - afirmou Mão Santa.
O senador pelo Piauí citou matéria publicada na edição desta quarta-feira (15) do jornal Estado de Minas para lamentar a situação vivida pelos professores atualmente. O texto diz que os professores não tem nada a comemorar no dia dedicado à categoria e informa que pesquisa realizada pelo Ministério da Educação revelou que o salário médio dos 201 mil professores da educação infantil é de R$ 420.
Em aparte, o senador Jefferson Péres (PDT-AM) lamentou que a educação nunca tenha sido priorizada pelos governos do país. Ele registrou que hoje o Brasil ainda tem 40 milhões de analfabetos absolutos ou funcionais, aqueles que sabem ler e escrever mas não conseguem interpretar textos.
O senador Romeu Tuma (PFL-SP) manifestou sua preocupação com as conseqüências que a reforma da previdência trará para o ensino superior. Ele disse ter ouvido de muitos reitores que professores universitários estão cogitando a possibilidade de se aposentar precocemente para não perder direitos.
O senador Eurípedes Camargo (PT-DF) disse que a discussão das reformas previdenciária e tributária no Senado são duas oportunidades para os parlamentares aprovarem medidas que diminuam as desigualdades salariais no país.
15/10/2003
Agência Senado
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