Mão Santa parabeniza gráfica do Senado e critica reforma da Previdência



Ao parabenizar a Secretaria Especial de Editoração e Publicação do Senado pelo seu 40º aniversário, o senador Mão Santa (PMDB-PI) manifestou sua preocupação de que o trabalho desenvolvido pela gráfica perca qualidade se a reforma da Previdência for aprovada sem as alterações propostas pelos partidos de oposição. Ele comentou que não apenas a gráfica, mas todo o serviço público brasileiro cairá de padrão se a proposta de emenda Constitucional nº 67 for aprovada pelo Senado.

Mão Santa também leu artigos e notícias publicados em jornais sobre os ministros da Previdência, Ricardo Berzoini, e da Fazenda, Antonio Palocci, e a reforma encaminhada ao Congresso pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um dos textos, do colunista Fritz Utzeri, do Jornal do Brasil, critica Palocci por ele, sendo médico, considerar que a educação de crianças com problemas mentais ou físicos contraria o interesse público, conforme o ministro justificou ao aconselhar o presidente a vetar lei que destinava recursos para entidades que prestam assistência a esses portadores de necessidades especiais.

Outro texto lido por Mão Santa, assinado pelo jornalista piauiense Tomaz Teixeira, classificou como estarrecedora, desumana e imperdoável a suspensão do pagamento dos benefícios de aposentados e pensionistas com mais de 90 anos. O repórter afirma que em um país de governo mais sério o ministro teria sido demitido em nome do respeito, da ética e da dignidade.

Em outro trecho do artigo sobre o ministro Berzoini, que Mão Santa leu em Plenário, o jornalista do Piauí diz: -Se estivesse em Brasília, com certeza o procuraria na porta de seu ministério para cuspir na sua cara de nazista perverso e malvado. Esse canalha não pode continuar ministro-.

Em aparte, o senador Leonel Pavan (PSDB-SC) disse estar preocupado com a possibilidade do PMDB, aderindo à base do governo, punir senadores que votem contra a reforma da Previdência. Mesmo registrando que esse não seria o comportamento normal daquele partido, o senador catarinense explicou que seu temor vem do fato de o PT estar reprimindo seus partidários e agindo de forma dura com os que -continuam defendendo o que sempre defenderam-.

Já o senador Papaléo Paes (PMDB-AP) reclamou que, em resposta a requerimento encaminhado ao Ministério da Previdência Social no começo deste mês, com questionamentos referentes à reforma da Previdência, recebeu respostas evasivas e que não correspondem às perguntas que fez.

- Me sinto subestimado com as respostas que recebi. Lamentavelmente esse tipo de atitude faz com que a cada dia tenhamos mais dúvidas quanto aos resultados desta reforma - declarou Papaléo.



18/11/2003

Agência Senado


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