MÁRCIO BRAGA CRITICA PARTICIPAÇÃO DO CAPITAL ESTRANGEIRO NO FUTEBOL



O presidente do Senado Antonio Carlos Magalhães recebeu nesta terça-feira (dia 28) o ex-deputado federal e atual candidato à presidência do Flamengo, Márcio Braga, e o presidente da CPI do Futebol, senador Álvaro Dias. Vários assuntos foram discutidos, entre eles a corrupção no futebol brasileiro, a participação do capital estrangeiro no futebol nacional e o papel da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Antes da audiência com o presidente do Senado, Márcio Braga reuniu-se com Álvaro Dias. Na ocasião, o ex-deputado responsabilizou a CBF pela maioria dos problemas que o futebol brasileiro enfrenta. Márcio denunciou também o que considera um "balcão de negócios feito pela atual administração do Flamengo". Ao final da reunião, o presidente da CPI comentou que o encontro com o dirigente proporcionou subsídios para a parte propositiva da comissão parlamentar de inquérito.

Como contribuição aos trabalhos da comissão parlamentar de inquérito, Márcio Braga sugeriu uma investigação mais apurada sobre a influência do capital estrangeiro no futebol. Ele criticou que no Brasil a marca "futebol" está sendo entregue a empresas de outros países, provocando a desnacionalização desse esporte. "Espero que a CPI proponha uma lei que discipline a presença do capital estrangeiro no esporte nacional", afirmou.

Álvaro Dias explicou que a CPI está investigando se existe corrupção no futebol brasileiro ou se esse esporte está sendo administrado com incompetência e desonestidade. "Temos que ver se o futebol, como patrimônio cultural, está sendo administrado a serviço do país ou de poucos beneficiados", disse o senador. Ele acrescentou que a comissão parlamentar de inquérito vai elaborar uma legislação capaz de organizar o futebol e penalizar os responsáveis pelas infrações cometidas.

- Vamos definir uma legislação de responsabilidade administrativa para o desporto nacional, com normas de organização e, paralelamente, com normas de sanção, tal como aconteceu com a Lei de Responsabilidade Fiscal - antecipou Álvaro Dias. Ele disse que pouco adiantaria apenas punir os envolvidos em irregularidades sem a aprovação de leis que melhor organizem o futebol brasileiro.

28/11/2000

Agência Senado


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