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Antes da eleição, o vice-presidente do colegiado, senador Valter Pereira (PMDB-MS), que presidiu a reunião, pediu um minuto de silêncio em homenagem a Antonio Carlos Magalhães. Lembrou que o ex-presidente da CCJ conduziu os trabalhos da comissão com "vigor e firmeza".

- Seu passamento foi lastimável para esta Casa e está sendo sentido nos momentos difíceis pelos quais estamos passando. Mas, por outro lado, teremos no comando desta comissão uma figura que, sem dúvida, suprime esta lacuna com grande dignidade pessoal e extraordinária vocação para servir a pátria - ressaltou Valter Pereira.

Ao ser empossado no cargo, Marco Maciel lembrou que ACM era dotado de uma vitalidade ímpar, qualidade indispensável, segundo o senador que assume o cargo, para o êxito em qualquer função, inclusive a política.

- Espero que o seu exemplo possa inspirar nossos trabalhos - afirmou Marco Maciel.

Em seu pronunciamento, o novo presidente da CCJ também destacou o que considera importante para que a comissão possa continuar cumprindo o seu papel constitucional:

- Avançar na discussão da consolidação legislativa, dar eficácia plena aos dispositivos constitucionais - muitos dos quais ainda carentes de integração legislativa - e fazer uma análise conjunta de projetos que tratem do mesmo assunto - afirmou Maciel aos demais membros da CCJ.

Vários senadores pediram a palavra para enaltecer o trabalho de ACM e elogiar a escolha de Marco Maciel para substituí-lo. O líder do Governo, Romero Jucá (PMDB-RR), por exemplo, afirmou que considera importante que a CCJ coloque em pauta vários projetos importantes para o Senado e para o país. Aloizio Mercadante (PT-SP) destacou que a melhor forma de homenagear ACM, neste momento, é concluir a votação do pacote antiviolência sugerido pelo ex-senador pela Bahia.

Antonio Carlos Magalhães completaria 80 anos no dia 4 de setembro. Ele estava internado no Instituto do Coração de São Paulo desde o dia 13 de junho, onde faleceu de insuficiência cardíaca que acabou por causar falência múltipla de órgãos.

 Experiência

Formado em Direito e tido como um constitucionalista respeitado, Marco Maciel éprofessor titular licenciado da Universidade Católica de Pernambuco. Na área política, foi deputado estadual e federal, tendo ocupado a presidência da Câmara dos Deputados de 1977 a 1979. Também foi governador de Pernambuco, ocupou cargos de ministro da Educação e Chefe da Casa Civil, e foi vice-presidente da República nos dois governos de Fernando Henrique Cardoso. Escritor, ocupa a cadeira 39 da Academia Brasileira de Letras.

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