Marcon quer que Incra explique evasão em assentamentos
Marcon afirma que há muito tempo o MST vem denunciando práticas irregulares do órgão federal nestes assentamentos, que culminaram com a inviabilização de muitos deles. “O MST não aceita a venda de lotes e a troca só em situações excepcionais, como casos de doença e morte. Os fatores que levam ao abandono das áreas são motivados pela política do próprio Incra, que larga o colono em cima da terra e vira as costas, sem prestar assistência alguma”, denuncia.
O parlamentar frisa que, na década de 90, o Incra comprou áreas com valores superfaturados e superlotou os assentamentos. “O superintentedente do Incra, que vendeu sua alma a FHC, está denunciando um fato que ele mesmo gerou, ao superlotar os assentamentos e inviabilizar a produção neste locais. Isso é uma hipocrisia. É preciso que ele venha explicar os reais motivos da evasão nestes assentamentos”, desafia.
Segundo o parlamentar, a superlotação era tão grande que o próprio Incra se encarregou de remover as famílias de colonos. “O Incra jogou para a torcida. Comprou uma área, assentou muito mais gente do que poderia só para fazer marketing”, acusa.
Marcon lembra ainda que pelo menos quatro fazendas no município de Piratini - Santo Antônio, Umbu, Itassucê e Expresso - foram compradas pelo Incra acima do preço do mercado e à revelia do MST, que alertou, por diversas ocasições, que se tratava de “terra ruim para o plantio”. “O que alertamos, por ocasião da compra, se confirmou. Agora queremos que o INCRA explique por que comprou terras impróprias para a agricultura, pagando muito mais do que valiam”, desafia.
10/26/2001
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