MARIA DO CARMO PEDE REFLEXÃO SOBRE SITUAÇÃO DA MULHER
Embora as mulheres tenham sido beneficiadas, no Tratado de Versalhes, de 1919, com uma cláusula que recomendava salário igual para igual trabalho, sem distinção de sexo, a senadora observou que a mulher ainda sofre com a discriminação salarial. Ela lembrou que no Brasil a mulher recebe vencimentos, em média, 30% menores que os homens. "Essa é uma discriminação a ser vencida", afirmou.
Maria do Carmo disse que o feminismo convenceu o mundo de que a mulher é tão capaz quanto o homem no campo profissional. A presença da mulher nas instituições políticas, afirmou, "tem o dom de feminizar o trabalho". Para a senadora, o poder de comunicação da mulher, seu sentido de dever e sua visão singular da realidade dão a ela uma visão humanística da política. A senadora lamentou, no entanto, que ainda seja pequena a participação da mulher na política.
As mulheres ocupam, em média, 10% dos lugares nos parlamentos e 6% das posições nos ministérios, informou a senadora. No Brasil, onde 47,9% do eleitorado é constituído por mulheres, elas representam 9% do Congresso, sendo 33 deputadas e seis senadoras.
Mesmo assim, muitas mulheres conseguiram se destacar nessa área, lembrou Maria do Carmo, citando Margaret Tatcher, Indira Gandhi, Benazir Bhutto, Golda Meir e Violeta Chamorro, entre outras. No Brasil, a senadora destacou a figura da governadora do Maranhão, de Roseana Sarney, de seu partido, que, segundo ela, poderá ser levada à Presidência da República.
Maria do Carmo disse que um feminismo mais feminino está se implantando em todo o mundo moderno, com a mulher assumindo corajosamente o seu papel em todas as fases de sua vida e da vida do país.
16/03/2000
Agência Senado
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