MARINA COMEMORA 20 ANOS DO PT COMO VOZ E ESPAÇO POLÍTICO DOS EXCLUÍDOS
Ao homenagear os 20 anos de fundação de seu partido, o PT, Marina Silva (AC) referiu-se à importância de uma agremiação partidária que, originada das lutas sindicais, movimentos populares e Comunidades Eclesiais de Base organizadas pela Igreja Católica progressista, tornou-se, a seu ver, a voz e o espaço político de todos os excluídos do país. Requerimento de sua autoria, solicitando o envio de congratulações, pela Mesa do Senado, à direção do PT, foi aprovado após 18 senadores terem registrado suas homenagens.Chico Mendes, líder seringueiro, Benedita da Silva - negra, favelada, atual vice-governadora do Rio de Janeiro e ex-senadora da República - e Lula, entre tantos outros líderes forjados nas lutas desenvolvidas pelo PT, sem o partido talvez não tivessem o espaço que tiveram e têm, disse. A própria senadora admitiu que, analfabeta até os 16 anos e alfabetizada nas comunidades eclesiais, é fruto dos espaços de cidadania abertos pela emergência do PT na história político-partidária nacional. Além de ter contribuído para o fortalecimento dos sindicatos e para a organização política da juventude, o PT, segundo a senadora, participou dos principais momentos políticos que levaram à redemocratização do país. Na região Norte, "uma metade excluída do Brasil", o PT também é importante, disse, por repercutir e propor formas de superação das carências regionais. O PT, ainda conforme Marina, "contribui para que outros partidos também venham a se tornar partidos". Ao encaminhar favoravelmente à aprovação do requerimento de Marina, Eduardo Suplicy (PT-SP) afirmou que, apesar de três derrotas como candidato à Presidência da República, "Lula ainda será presidente do Brasil". O senador relatou que Lula reuniu vários líderes petistas - inclusive o próprio senador - para dizer que eles também deveriam se preparar para a eventualidade de se candidatarem nas próximas eleições presidenciais. Hoje, informou o senador, ele recebeu o apoio de petistas de todo o país a seu nome e afirmou sua convicção de que o partido "dará exemplo de fraternidade e convívio democrático na escolha de seu candidato".
09/02/2000
Agência Senado
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