MARINA DEFENDE NOVO MODELO DE DESENVOLVIMENTO PARA A AMAZÔNIA
A senadora Marina Silva (PT-AC) demonstrou otimismo diante dos possíveis resultados da rodada de negociações que vem se realizando no âmbito do Ministério do Meio Ambiente com representantes dos setores produtivos, preservacionistas, de vários ministérios, dos estados amazônicos e da sociedade em geral, para definir uma nova política de desenvolvimento sustentado na região. Para Marina, os 20 milhões de habitantes da Amazônia estão abertos a uma nova proposta, uma vez que todas as tentativas de desenvolvimento realizadas até hoje não tiveram êxito. "As reuniões representam um esforço conjunto de buscar um novo caminho, talvez por entendermos que as tentativas anteriores falharam por serem setorizadas. Estamos buscando um conjunto de ações afirmativas que possam resultar em benefícios econômicos e sociais para a população", garantiu.Marina Silva lembrou que, em relação à Amazônia, já se falou demais sobre o que não se pode fazer lá. "Chegou a hora de juntarmos todos os setores com o objetivo de desenvolver a região. Não acredito que os preservacionistas queiram a manutenção estática da atual realidade. Tampouco admito que os agricultores e pecuaristas derrubem árvores porque gostem de fazê-lo. O que pode unir a todos é a preocupação com os 550 mil km2 que foram desmatados no últimos 20 anos, equivalentes a duas vezes a superfície do Estado de São Paulo", ressaltou.A senadora pelo Acre observou que, para garantir os recursos para os projetos aprovados, é imprescindível a participação dos Ministérios da Fazenda, Planejamento e Casa Civil. "De nada adiantam as melhores propostas, se faltam verbas para viabilizá-las. Também com esse objetivo, apresentei projeto de lei criando um Fundo de Reserva Florestal, um adicional ao Fundo de Participação dos Estados, para contemplar aqueles que têm florestas a preservar", concluiu Marina Silva.
14/04/1999
Agência Senado
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